sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sobre fazer 30 anos




É, pois é, amanhã é o dia!

Aquele dia que a gente não tem como escapar, aquele dia que a gente sempre acha que tá longe e de repente, BUM! ele acontece.

O dia de fazer os 30 anos!

Eu achava que eu nem ia ligar, mas eu liguei!

A gente começa a pensar "Caraca, eu não comprei a minha casa, ainda não casei, ainda não tive meu filho, ainda não comprei meu carro zero, ainda não tenho meu um milhão (de reais), ainda não abri o meu próprio escritório, ainda não fiquei famosa".

E pra ajudar eu já começo a ter rugas, meus peitos já não estão tão pra cima como estavam quando eu estava no meio dos vinte, minha bunda já está convivendo com a celulite que se espalha, eu já não consigo ficar acordada até tarde sem estar arrebentada nos próximos três dias, eu já tenho vontade de sair apenas para comer.

Fazer trinta pode ser uma coisa um pouco complicada (e os homens não vão entender isso porque a idade crítica pra eles são os 40), mas não são só as coisas ruins também! Tudo bem que eu fiz um trabalho psicológico em mim mesma antes de conseguir encontrar essas coisas boas, mas eu achei.

Hoje, às portas dos trinta, eu já tenho minha profissão, me formei em uma das melhores universidades públicas do país (mesmo nunca tendo estudado em escola particular), trabalho com o que gosto, as pessoas olham pra mim e me respeitam porque já não me veem mais como uma jovem inconsequente, eu tenho o controle das minhas contas, eu posso decidir o que fazer com meu futuro, eu sou uma pessoa mais responsável e por isso quebro menos a cara, agora consigo engordar mais fácil.

Tá, eu vou explicar essa última parte porque muita gente não vai entender: É que eu sempre fui muito magra, e engordar era uma coisa muito difícil pra mim. E olha que eu como bastante, viu! Pra quem não acredita é só perguntar pra Renata (a propósito ela faz uma maionese que é uma coisa de louco!). Então eu fui chegando perto dos 30 e comecei a "criar corpo" (como diria minha avó). Logo, pra mim, isso foi uma coisa boa. Porque antes eu era só a cabeça, basicamente uma mulher pirulito!

Voltando...

Descobri que não sou mais novinha, mas também não sou tiazona ainda!

Então, antes que essa outra fase (de tiazona) chegue, e ai sim acho que vai rolar uma crise, vou aproveitar os meus TRINTINHAS!!!

(Fuçando a net pra achar uma figura pra ilustrar esse post, ache esse link e achei perfeito! eheheheh Principalmente pra mulherada)

Nunca se case antes dos trinta

domingo, 20 de junho de 2010

Sobre Medo

São 02:23 de sábado para domingo. E eu estou me sentindo um pouco sozinha.

Tento não colocar aqui textos muito sérios ou muito "filosóficos" a respeito da vida, porque eu me acho um saco quando fico assim. Então tento retratar as coisas de um modo engraçado. Mas hoje não teve jeito.

Mais cedo, lá pra umas dez da noite, eu estava sentada no sofá da sala, no meio das minhas duas cachorrinhas, que dormiam tranquilas e confortavelmente no edredon que a minha mãe deixa lá pra elas, quando comecei a pensar na minha vida.

Tive uma experiência faz um tempo que me deixou lembranças não muito boas, chego a dizer que me causou um certo trauma. Vou explicar resumidamente para ninguém ficar voando no assunto.

Eu, com 26 anos, comecei a namorar um garoto, com 22 anos, e pouco tempo depois (tipo uns seis meses) eu estava praticamente morando na casa dele (dos pais dele).

Dai que eu me formei e falei pra ele que eu queria alugar uma casa pra mim, pra eu morar sozinha, porque a gente brigava de mais por ele ser muito ciuemento e eu estava vendo a hora do namoro terminar e eu ter que ficar la morando na casa dos pais dele, dormindo no quarto dele e sem namorar com ele. Então, o mais racional seria eu já ter o meu lugar. Dai ele armou uma cena! Falou que se eu fosse morar em outro lugar que ele iria junto e se ele não fosse nosso namoro acabaria (hoje eu sei que o melhor que eu tinha a fazer era mandar um "Então valewssss" e cair fora, mas infelizmente na época meu cérebro estava travado!).

Dai fui falar com a mãe e com o pai (que Deus o tenha) dele, e eles acharam um absurdo eu alugar casa, falaram que isso seria gastar dinheiro a toa. E eu expliquei que ficar lá era inviável porque a gente estava brigando muito e que se terminássemos o namoro ia ficar uma situação insustentável. Então a mãe dele falou que era pra nos mudarmos pro ap da tia dele que estava vazio (ela mudou de estado por conta da transferência do marido).

Eu, pra não ter mais que suportar brigas com ele, acabei indo pra esse apartamento. Moramos lá por um ano, quando de repente deu um siricutico na mãe dele de comprar outro apartamento e dar o que ela morava pra ele.

Eu, que já estava morando com ele, acabei indo sem questionar nada. Um mês depois de nos mudarmos ele perdeu o emprego.

Eu saia pra trabalhar as sete da manhã e voltava pra casa as vezes as oito da noite e de vez em quando ainda levava serviço pra fazer em casa. O chique da situação é que quando eu chegava em casa ele estava jogando video game com um amigo dele. Os dois tranquilos e espalhados no meio da sala. E eu? Trabalhando.

Ele, por conta do ciúme que sentia, fez com que eu me afastasse dos meus amigos (que a maioria era composta por homens), me fez parar de falar do jeito que eu sempre falava, controlava meu celular, minhas mensagens, meus emails (É, eu, num ato de total abstinência de inteligência dei a senha do meu email pra ele com a esperança de diminuir a quantidade de brigas, mas isso só fez aumentar mais). Me fez ser uma pessoa que eu não era: contida, fechada, calada. Eu sempre fui descontraída, simpátida, expansiva... Era uma pessoa feliz.

Por seis meses ele não procurou emprego porque tinha o seguro desemprego (como se alguém conseguisse viver com aquela "fortuna"), mas também, pra que se preocupar com grana se eu estava trabalhando de dia e de noite pra dar conta das despesas?

E além de não ser homem o suficiente para assumir as responsabilidades que uma vida sem pai e mãe requer de qualquer pessoa, ele queria me controlar. Agora veja só se tem condição uma coisa dessa? Não me sustenta e ainda me controla? Daí num dá né?

Eu sei que eu fui ficando infeliz de uma tal forma que comecei a ficar deprimida. Eu chegava e ficava olhando para o céu (o céu do interior de SP é ótimo, tem muitas estrelas e não tem a camada cinza que não some nunca), chorava e pensava: “Eu me esforcei tanto nessa vida, pra que? Pra ter isso? Eu não mereço isso!”.
E eu sempre fui o tipo de gente que não tem vocação pra ser infeliz. É, porque tem gente que tem! Aquela pessoa chatinha que vive reclamando de tudo e de todos e que é capaz de ficar deprimida por ter ganho na loteria porque vai ter que pagar imposto sobre a grana. Sabe aquela pessoa que só vê o lado ruim de tudo? Então, eu não sou assim não.

Nessa época eu conversava muito com as minhas cachorras (louca? Pode ser que sim), evidente que elas não me respondiam mas a companhia delas foi importante pra mim na época. Eu não podia conversar com outras pessoas porque eu era basicamente “rastreada”, não podia falar com a minha mãe porque ela foi contra quando eu fui morar com ele. Então o que me restava eram as duas. Minhas lindas e fofas salsichinhas.

As pessoas começaram a me falar que eu estava casada com ele, começaram a me dar presente de “casamento” e dai eu pirei! Eu não tinha escolhido aquilo, não tinha planejado aquilo, eu não queria aquilo com ele, eu não queria aquilo pra mim daquele jeito. Então eu sai correndo daquilo tudo, terminei com ele e retomei a minha vida. Foi libertador o dia que ele reclamou por eu estar saindo pra ir na casa de uma amiga e eu falei com toda boca e com todo som “VOCÊ NÃO MANDA EM MIMMMMMM!” (é, rolava uns barracos porque eu não estava mais no controle da minhas atitudes).
E eu menti pra vocês, falei que seria um breve resumo e o resumo ficou enorme. Mas eu estou falando tudo isso por um motivo, estava eu lá, sentada (na cena inicial do post) e pensando em como descobrir que as coisas vão dar errado antes de elas darem efetivamente errado.

Descobri ali que eu tenho medo de dar errado! A convivência é difícil, a vida a dois é difícil, ver a outra pessoa fazendo coisas que você acha errado e ela não acha é difícil, deixar passar algumas coisas é difícil, não ser outra pessoa por causa de ninguém é difícil.

Eu sei que eu permiti ele fazer tudo isso comigo. Se eu tivesse me respeitado desde o começo do relacionamento isso não seria assim. Mas eu errei quando achei que se eu cedesse sempre as brigas iriam acabar. Mas elas não acabaram. E por isso eu tenho medo.

Porque além de ser difícil ceder, é mais difícil ainda saber o limite até onde ceder. E daí que eu tenho medo que a outra pessoa não veja que eu cheguei no meu limite e que queria que eu ceda mais. E daí vão começar as brigas. E daí eu não vou agüentar.

Hoje foi o dia de pensar em coisas que podem dar errado. Porque as coisas que podem ser boas já estão sendo. Elas são fáceis de ver e de imaginar. Ainda mais quando a pessoa que está junto tenha as características que sempre foram citadas como fundamentais.

Eu tenho medo de dar errado!
Não que isso vá me matar, mas eu não quero mais ter os meus sonhos desfeitos, alias, eu não quero mais desistir dos meus sonhos.

Desculpe pra quem chegou até essa parte do texto, hoje foi tudo muito chato, eu estou melancólica, medrosa, angustiada e meio sozinha. Mas escrever sempre me fez bem e hoje não foi diferente. Agora vou dormir porque amanhã eu preciso estudar. Boa noite! (03:04)

domingo, 13 de junho de 2010

Sobre coceira




Sabe, tem coisas que não deveriam existir!

Por exemplo poças de água na frente de ponto de ônibus, porque tem sempre um filho da put@ que passa e tem prazer em molhar a gelera do ponto; pelinha soltando perto da unha, porque sempre em um momento de desatenção você vai e puxa a pelinha com o dente e abre um talho na pele, e arde; boca ressecada, porque alguém vai chegar, vai falar alguma besteira e você, que adora escutar abobrinha, vai soltar uma baita gargalhada arreganhando a sua boca toda e vai rachar o lábio, e vai doer; calcinha pequena, porque ela vai entrar no meio da bunda e vai apertar e você vai ficar louca (ou louco, afinal as coisas andam diferentes hoje em dia) querendo puxá-la pra fora e não vai conseguir devido a sua calça que também é pequena e está contraindo a sua bunda com uma tensão de uns 40 MPa (pra quem não é engenheiro entenda apenas que aperta muito, como as calças das mulheres fruta).

Mas a coisa que mais me dá desespero é a meia calça de lã.

Imagino que quando queriam torturar alguma pessoa faziam ela vestir uma meia calça de lã e faziam a criatura sentar numa cadeira de madeira e ficar lá por no mínimo 4 horas.

Ah meu amigo, nessa situação qualquer um assume qualquer coisa.

Tá, eu tenho trauma!

Quando eu era pequena minha mãe quase me matava sufocada, porque ela sempre foi muito friorenta então ela projetava o frio dela em mim. Até hoje ela tenta fazer isso mas hoje eu consigo me defender (agora me imagine com uma cadeira em uma mão e um chicote em outra - como os domadores de leão - encurralada em um cantinho do quarto enquanto ela vem em minha direção, babando, com os dentes pontiagudos pra fora da boca, com uma meia calça de lã em uma mão e uma toquinha também de lã na outra mão).

Dai que ela me fazia colocar aquela meia calça grossa por baixo do meu uniforme adidas e na cabeça uma toquinha que envolvia toda a minha cabeça e o pescoço, so deixando o rosto pra fora.

Então ia eu, com aquela cara de quem está indo pra forca, para a escola, passar quatro horas sentada naquela cadeirinha de madeira que iria comprimir minha pele da bunda contra a malvada meia de lã.

A coceira começava no pescoço, porque a toquinha ficava ali ralando na pele e irritando, e eu, que sou branca feito um papel sulfite, começava a ficar com o pescoço todo rosa de tanto coçar.

Eu sentava naquela cadeirinha na esperança que aquele dia seria diferente do dia anterior em que eu fui torturada ali pela mesma meia calça de lã malvada.

No começo ficava tudo tranquilo, eu não me mexia muito. Passavam uns 20 minutos, a primeira pinicada! Eu dava uma ajeitadinha na cadeira e passava mais uns 10 minutos. A partir dai as pinicadas já não vinham sozinhas, eram três ou quatro pinicadas que começavam a aparecer na poupa da bunda. Dez minutos depois parecia que haviam soltado um formigueiro inteiro dentro da minha calça. Pinicava tudo. Perna, bunda, pescoço, cabeça. Nesse momento a toquinha e a meia tomavam conta do meu corpo todo e eu ficava mudando de posição desesperadamente na cadeirinha de madeira para ir aliviando as pinicadas.

Sentava só com a banda direita da bunda e puxava a meia que tava grudada na minha pele na banda esquerda, dai dava aquele alivio, mas logo em seguida a banda direita é que era atacada pelas formigas assassinas da meia de lã.

E assim seguia a minha manhã até que as 11h batia o sinal da escola liberando as criancinhas. Dai ia eu feliz caminhando até a perua que me levava pra casa e então podia sentar no banco acolchoado e sentir que as ferozes formigas da meia adormeciam.

E assim acontecia, dia após dia, de maio a agosto, até chegar a primavera e minha mãe parar de me embrulhar em pacotes de formiga disfarçados de roupa de frio.

E hoje, não contente em ter essas lembranças de infância, acordei e tive a péssima idéia de colocar uma meia calça de lã por baixo da minha calça social (é, porque a gente evolui né, de adidas para a calça social, então as meias de lã podem ter evoluido também, e ao invés de formigas grudadas quem sabe essas meias de hoje em dia venham com mini carneirinhos peludinhos e fofinhos...).

Porque aqui em sp é frio. E é frio mesmo! Não é aquele FRIO de 22 graus que o meu Preto fala que faz lá em Deus me Livre (22º Fahrenheit? Não, não! é Celsius mesmo! E se você não sabe o que é um grau Fahrenheit vá procurar em algum livro de física!)

Nesses momentos eu juro que tenho vontade de apertar o pescoço dele enquanto ele veste uma camisa leve mas de manga longa pra suportar essa geada a 22ºC que faz lá e eu aqui tendo que sair de cachecol debaixo de 10ºC.

Bom, voltando, eu olhei para aquela meia e não sei porque achei que hoje seria diferente, que eu, agora crescida, ia vesti-la e não sentiria o desespero que sentia quando era pequena.

Agora imaginem uma pessoa arrependida!

As formigas continuavam ali, depois de mais de 20 anos, com a mesma ferocidade de antes. Passei o dia esfregando a bunda na cadeira para aliviar a coceira e rezando para dar seis da tarde pra eu poder ir correndo pra casa pra jogar aquele equipamento de tortura no lixo!

Pareceu até ter tocado o sinal que eu escutava na escola, me libertando da agonia da morte!

Aprenda! As coisas não mudam! Ainda mais quando é pra ferrar com você!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sobre Instinto Materno




Dai que hoje eu cheguei no trabalho e fiz o habitual: Liguei o computador, fui tomar café, voltei para minha mesa e então abri meus emails.
Apaguei as coisas que não me interessavam e no meio das correspondências havia uma com fotos das pessoas que estudaram na faculdade comigo (churrasco que sempre tem e que eu, anti-social, nunca vou).
Vi um dos meus colegas com o filhinho no colo. Nunca tinha sentido essa coisa assim estranha...
Deu uma vontade repentina de ter nas minhas mãos uma miniatura de ser humano que eu tivesse feito, e de ficar com a mesma cara de boba que estava lá o colega.
Ás vésperas de fazer meus trinta anos acho que aflorou o tal do instinto materno.
Talvez porque eu esteja com uma pessoa que eu sinta confiança, que eu admire, que eu veja a possibilidade de ser um pai responsável e carinhoso. Acho que tudo isso me permitiu libertar meu instinto materno...
E agora? será????

terça-feira, 1 de junho de 2010

LEGENDA




Vamos lá, pra quem quiser entender direito:

"Deus me Livre": Aracaju
"Além Deus me Livre": Maceió
"Meu Preto" (antigo "Carinha"): meu namorado (antigo ficante)

A propósito estou indo pra Além Deus me livre amanhã no final da noite... e eu volto para contar...

FUIIII!!!!