quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sobre conhecer pessoas



Dai que toda vez que eu vou na casa da Renata pra alguma comemoração eu acabo conhecendo mais gente. Mais mulheres de 30 (ou mais novas, ou mais velhas) que são tão excêntricas, engraçadas e faladeiras como ela e como eu (tá, a parte de falar muito eu acho que é mais minha...).
E ontem (26/12) foi aniversário da Renata. E teve pizzada na casa da Renata. E não teve a maionese que eu tanto gosto que a Renata faça, mas tudo bem, eu superei e comi as pizzas.
E foi um dia corrido, porque eu tive que tomar conta do serralheiro, do gesseiro e de tantos "eiros" que eu tive que lidar nessa última semana.. mas consegui chegar lá!
E eu, mais uma vez, voltei com dor no maxilar de tanto dar risada das conversas. A mocinha Sissi que pegava o frangueiro (O cara que fica no gol no jogo de futebol e perde todas as bolas? NÃO! O cara que vende frango no CEASA mesmo) e agora conhece até o pintinho (filho do frangueiro). A outra mocinha Carol que andou se rossando no ônibus cheio e acabou quase sem blusa na porta de trás, porque desabotoou tudo e quando o cara encarou, ela ainda achou que ele tava admirado com o brilho e a macies dos seus cabelos.
E, como de costume, teve a amiga Sabrina apareceu e foi embora, prometendo voltar depois (Certo! Junto com o Papai Noel! Vai lá que a gente vai ficar aqui esperando!)
Teve também o momento "meninas modernas", onde todas estavam ali concordando que ter filho era um saco e que criança mal educada é o fim da picada, quando então chegou a outra amiga da Renata com uma nenezinha de olhos azuis no colo e aconteceu uma histeria coletiva, e uma das novas amigas, a mocinha Pri, soltou a frase "esquece tudo que eu tava falando agora há pouco! Que nenê lindo!!!"
Gente! Segura que os hormônios tão possuindo!
Mas eu juro que eu não fiz parte da histeria mesmo achando que a criança realmente era lindinha (preciso de um psicologo, cadê meu instinto maternal???)
E já nos momentos finais teve a "seção astral" onde eu boiei a maior parte do tempo. Foi uma falação de signos, e assendentes, e lua, e sol, e marte, e vênus, e a casa em plutão (E olha que eu nem sabia que esse planeta era habitado!) e eu não consegui mais participar da conversa porque a única coisa que eu sabia é que eu tinha nascido em 26/06 (exatos 6 meses depois da Renata).
E foi uma pizzada muito agradável, com mulheres loucas e leves que fizeram da minha noite uma ótima lembrança para ficar guardada no coração!
Rê, parabéns pelo aniversário e que esse novo ano de sua vida seja de novo do jeito que você quiser que ele seja, afinal, é a gente que faz acontecer! E pro meu aniversário eu quero a maionese! E aquela menina do fondue não vai ser convidada! Hunfff!!!

 

sábado, 19 de novembro de 2011

Sobre o que eu nunca pensei em fazer...

Pois é... muita gente escrevendo por aqui de coisas que querem fazer antes de morrer ou que queriam e já fizeram (e ainda não morreram).




Eu vou falar das coisas que eu nunca pensei em fazer e que fiz!



Não que eu seja uma criatura amargurada e sem desejos ou sonhos, pelo contrário. Mas é que eu já fico contente naturalmente com as coisas que vão acontecendo, então não tenho uma lista muito enorme de coisas que eu quero fazer antes de morrer (então já posso morrer em paz? Poder eu posso mas num to querendo muito não, pode ser pra mais tarde).



1ª) Morar sozinha: A amiga vivia falando que queria se mudar da casa dos pais. Eu nunca tinha imaginado em morar em outro canto se não a casa da minha mãe. Passei na Unicamp e lá fui eu morar em Campinas. Sozinha. A amiga ficou. E continuou morando na casa dos pais. Se mudou delá por esse dias (uns dez anos depois de mim). E foi legal! Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida. Fez com que eu aprendesse a cuidar de mim. Fez com que eu percebesse que se eu ficasse doente e não fosse sozinha até a famácia, eu ia apodrecer na cama, que se eu não fosse fazer minha própria comida, eu ia morrer de fome (ou ia pro bandejão), que se eu caisse bêbada na rua, ninguém ia me levar pra casa (talvez não pra minha), que meia noite é a hora que a galera está saindo de casa (e não voltando), que se eu fizesse merda eu ia ter que lidar com as consequências sozinha, que o dinheiro vai embora muito rápido e que se eu não tomasse cuidado eu não conseguiria passar nem duas semanas com o dinheiro do mês, que morar com os outros é uma droga porque sempre sai briga... dentre outras inúmeras coisas...



2ª) Voltar a morar com a mãe: Depois que eu tive a experiência de sair de morar fora da casa da minha mãe, confesso que nunca mais pensei em voltar. Mas eu arrumei um emprego em SP e aconteceu. E foi bom pra eu reforçar a certeza de que isso não tinha como dar certo (e pra minha mãe também perceber isso).



3ª) Trabalhar em SP: Trânsito. Odeio trânsito. Nunca me imaginei voltando a trabalhar em SP, mas arrumei o emprego (que já falei ai em cima), pagava bem, então eu fui. Num foi bom. Foi um saco e eu já entrei pensando no dia que eu ia sair.



4ª) Morar na praia: Tirando aquelas conversas que sempre acontecem quando a gente vai viajar pra algum lugar do litoral, do tipo: "Poxa, queria tando morar aqui. Já pensou sair do trabalho e vir caminhar na praia? Se eu morasse aqui eu ia vir todo dia...". Primeiro: Mentira! Se você for morar na praia, você não vai à praia todo dia, porque você vai estar cansado e não vai mais ter sol o suficiente pra você ficar la andando sozinho e vai ser assaltado. Voltando... Nunca imaginei que eu mudaria pra uma cidade litorânea.. e cá estou eu. Não bastando morar na praia, eu moro numa praia do NORDESTE!!! Mais difícil ainda de imaginar. E tá ótimo! Não poderia estar melhor!



5ª) Arrumar um emprego no NORDESTE que eu ganhasse mais do que em SÃO PAULO: Essa nem eu mesmo acredito ainda! Nem meu ex chefe acredita! Mas aconteceu! "Acredite.. se quiser" (sei que ninguém deve se lembrar desse programa.. ele passava na rede manchete e eu tinha uns 6 anos de idade).



Acho até que teria mais coisas.. mas o almoço já tá cheirando e eu to com fome...



Agora, quanto ao que eu quero fazer de verdade: Ficar Rica! Se alguém puder me ajudar... Qualquer moedinha serve... Eu passo minha conta bancária!!!

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre ir ao banheiro

Dai que ir ao banheiro deveria ser uma atividade simples e prazerosa. Porém nem sempre é assim. Aliás, quando a gente não está no banheiro da nossa casa, geralemente é um problema.
Estava eu na casa da amiga (na reuniãozinha do post anterior). Maionese rolando solta, pão de queijo, pão com queijo (é.. porque uma das amigas que estava na reunião é vegetariana e dai tinha que ter coisas comíveis para ela..... na verdade eu não achei frango pra comprar e dai levei pão de queijo e pão recheado com queijo... que era o que tinha na padaria naquele momento), suco, refri, rocambole de chocolate....
Lógico que uma hora a pessoa não aguenta e precisa liberar espaço interno. Eu me segurei mas como não ia dar tempo de chegar em casa, tive que apelar pro banheiro da amiga: "Rê, vou usar seu banheiro!".
Dai a pessoa vai caminhando e todo mundo que está em volta já sabe que você tá indo lá se aliviar (e se sou eu, já penso: "vai cagar no banheiro dos outros né!!!").... enfim, fui até o banheiro, fechei a porta e observei se a janela estava aberta para sair os gases ocasionais. Sentei. Humm!! Assento fofinho. Muito bom, porque sentar naqueles troços duros e gelados (porque tava muito frio) é uma coisa muito desprazerosa, acaba tirando a mágica de se aliviar da pressão interna.
Xixi saindo, tentando fazer o mínimo barulho possível. Não sei porque mas quando a pessoa está em um banheiro que não é o dela e quando tem gente por perto, o vaso parece que cria vida e se modifica para poder fazer eco quando o xixi se atraca com a água.
Pum! Peido! Gases! Resolvem começar uma rebelião no intestino da criatura e começam a sair anunciando o fim do mundo. Dá a impressão de que o vizinho do outro prédio está escutando. Parece que o roscófi faz um formato de megafone pra ninguém ficar sem saber que você está ali, naquela situação dificil tentando abafar um peidinho.
Bom, já que não ia ter jeito mesmo o melhor era relaxar pra acabar logo aquilo tudo e eu sair do banheiro como quem tivesse acabado de tomar um banho com lux, toda linda e refrescante (como se não estivesse cagando).
Trabalho concluido, vamos limpar a bagunça. Papel higienico fofinho ao lado do vaso. Cadê o cesto de lixo? Não sei o que acontece, não sei porque a droga do cesto de lixo não vem embutida ao lado do vaso sanitário. Estava eu ali, sentada na privada fofinha, com um chumaço de papel higienico fofinho e fedidinho na mão tentando me livrar dele e o lixo estava lá... lá do outro lado... e havia uma pia entre nós. E era aquele cestinho de lixo lindinho e prateado que tem um pedalzinho pra poder abrir sem botar a mão.
Agora, só se eu fosse a mulher elástico que eu ia conseguir chegar com a ponta do pé lá do outro lado pra abrir aquilo. Me estiquei toda, puxei o cestinho pra perto de mim e ai sim me livrei do papel fofinho. Pensei em reclamar com a dona da casa na hora mas achei mais justo eu vir reclamar aqui no blog. Da proxima vez eu jogo o papelzinho fofinho e fedidinho atrás do vaso.
Eu não tenho muita sorte com banheiro, outra dessa me aconteceu no shopping. E lá obviamente o ser humano não pode sentar a bunda no vaso imundo, então é preciso ficar se equilibrando pra não molhar a roupa com xixi enquanto está lá se aliviando. Acabei, sequei, olhei pro lixo. O maldito pedalzinho de novo. Dessa vez o cesto estava ao lado do vaso.... mas me fala, como é que eu piso no pedalzinho que está do meu lado, com as calças arriadas e apoiada com a outra mão na parede pra não cair sentada naquele nojo de assento mijado de outras?
Mais uma! Dessa vez no aeroporto. Cansada de ficar me espremendo nos banheiros normais, fui eu no banheiro de deficientes. Não adianta olhar torto porque banheiro de deficiente não é igual a vaga de estacionamento para deficiente, que fica lá ocupada por um tempão até que a pessoa venha e tire o carro e o pobre deficiente tendo que ir estacionar numa vaga a dois quilometros de distância da porta. É só um banheiro e o máximo que a pessoa fica lá dentro é um minutinho, o que não vai matar ninguém de esperar.
Ainda assim, olhei em volta, não tinha ninguém. Pulei pra dentro do banheiro. Tranquei. A tranca não tava lá aquelas coisas mas achei que dava pra segurar a porta. Larguei as malas num cantinho, porque banheiro de deficiente é enorme então dá pra permanecer eu e as malas no mesmo espaço, diferente dos outros banheiros.
Tava apertadona pra fazer xixi, me ajeitei, me posicionei, apoiei uma mão na parede de tras... xixiiiiiiiiiiii.... ótimo, tudo correndo como deveria até então. Papel próximo, cestinho sem o pedalzinho... de repente a porta se escancara! Uma véia, querendo usar o banheiro dos deficientes! E ela me olha... e eu olho pra ela, naquela posição de guerra. "Opa!" foi o que a véia disse, e fechou a porta. Nem desculpa a desgraçada pediu depois de me expor ao mundo com a piriquita de fora e o papel na mão.
Sai do banheiro e dei graças à Deus que o meu avião já estava com o embarque liberado. E sorte da véia que não vinha de Salvador pra Guarulhos porque se não eu tinha jogado ela pra fora do avião!

Véia sem vergonha que queria pegar lugar de deficiente! Ainda bem que eu tava lá pra não deixar ela fazer isso!!!

Sobre encontro aos 31

Pois é, tem um zilhão de anos (dois meses) que eu não escrevo aqui. Não que eu esteja sem assunto ou com falta de vontade, é que eu não consigo mais achar tempo pra fazer as coisas mesmo, porque eu peguei bico pra fazer a noite e agora eu to sem viver até terminar o que eu me comprometi a fazer.
Mas deixa isso pra lá, porque agora eu estou aqui, na casa da mamãe, com um cheiro de feijão fresco no ar, que só a MINHA mãe sabe fazer (jamais acharei outro igual. Quando ela morrer eu to ferrada... se bem que eu vou estar ferrada não só por isso...) e arrumei um tempinho mínimo pra escrever.
Dai que ontem encontrei as amigas. Todo mundo com 31, uma beleza. Aliás, quase todo mundo. Uma das amigas já está com 32 mas como ela sempre vai ter 13 anos não faz diferença (e é por isso que eu adoro ela).
Frio! Nossa como fez frio esses dias que eu passei aqui. Só pra explicar, eu cheguei na terça pra participar de um congresso e hoje (domingo) estou zarpando no final da noite para aquele lugar lindo que não tem frio e não tem trânsito.
Voltando... Noite de sábado, frio, mulheres de 31 (e mais uma de 32) reunidas no QG oficial (casa da Renata), onde sempreeee que eu vou tem maionese que ela faz pra mim. Assunto: Casamento e filhos.
Já sei! Você ai com essa sua cabecinha maldosa já tá imaginando um monte de solteironas desesperadas e cheias de gatos dormingo em cima do sofá e plantas espalhadas pela casa. Sonhando em um dia casar e ter uma resma (é, resma mesmo) de filhos. Mas já vou dizendo que não é isso! Apesar de a casa da Renata estar quase parecendo uma selva de tanta planta que tem na varanda e apesar de euzinha possuir duas cachorrinhas (gatos jamais) em casa - aos cuidades de mamãe - não era isso que estava acontecendo.
Mulheres falando da falta de paciência com cuecas voando pela sala, crianças que sujam paredes brancas e orgãos genitais femininos dilacerados pela selvageria de um parto normal (essa era a minha parte!). A certeza de uma das amigas em NÃO ter filhos jamais porque ela não quer ficar sem a vida dela (e eu que pensava que as pessoas me achavam um monstro quando eu dizia "não estou pronta para deixar de ser a pessoa mais importante da minha vida").
A única que ainda falava que precisava casar e ter filhos era a de 32, mas que continua não fazendo nada para mudar a situação de solteirice dela (e pensando bem, considerando os lugares onde ela anda, é até melhor que ela não encontre ninguém mesmo...antes só!)
A outra falava em ir pra balada, mas num passado não muito distante ela falava que havia sido criada para casar e ter filhos, aos prantos.
Me pergunto como será nossos encontros quando estivermos com 35. Assunto: Casamento e Filhos.
E talvez as paredes da Renata já não estejam tão brancas, mas sim com desenhos coloridos feitos em giz de cera e as plantas todas quebradas na varanda já quase sem vida, cuecas secando atrás de geladeira e algumas escondidas entre as almofadas do sofá; e talvez a Andréa tenha ficado grávida de gêmeos sem querer e então já não se lembrará de que um dia ela teve total domínio e controle sobre a sua própria vida e seu juízo; e talvez eu esteja guardando dinheiro para fazer uma plástica nas minhas partes íntimas depois de ter parido o quarto filho (seguindo a quantidade estabelicida pelo namorado); e talvez a Carla esteja se lamentando porque ficou indo pra balada sertaneja e que não arrumou ninguém para cumprir a existência da vida dela na terra... e quanto à Sabrina, aposto que ela ainda vai estar falando "Nossa, preciso casar e ter filhos.... (pausa olhando pro nada)... Meu!!! Sábado eu fui num samba lá na praça Roosevelt, muito bom!!!!"


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre jogar tênis e comprar sofá


Dai que como todo mundo sabe, eu estou naquela fase saudável. Tempos atrás eu estava correndo a noite pelo bairro e vez ou outra na praia, só que começou o inverno aqui em cima! E como aqui não esfria, chove! Lógico! Não poderia ser um inverno perfeito, sem frio e com sol quente mas não que frita seu miolo! Tinha que ter alguma coisa pra estragar, então chove! E chove muito! Portanto minhas sessões de corrida foram interrompidas.

Namorado, que gosta de fazer exercícios, chamou pra fazer academia. Fui. Mas tinha certeza que não passaria de duas semanas. Fui fazer aula de bike (que para os mais entendidos chama-se spinning). Um saco! Do grande e do cheio! Um tédio ficar lá naquela sala meio escura com som nas alturas com as músicas que eu mais odeio, pedalando uma bicicleta que não sai do lugar enquanto olhava fixamente para os peitos da “titcholina” que fazia aula na minha frente.

Não que eu seja fissurada em peito de mulher não, mas eu tenho um problema sério, eu não consigo parar de olhar gente ridícula. A p#orr@ da mulhé sabe que tem umas tetonas, sabe que o top que ela tá usando é 3 números menor do que o número certo dela, sabe que vai pro kct da academia e vai ficar lá pulando, mas mesmo assim ela bota a peitaria dentro do top tamanho infantil e vai pra lá. E deve achar bonito, porque se não não usava. E não é porque “ai coitada, vai ver tava sem dinheiro pra comprar um novo” porque a academia era uma das mais caras da cidade! É gente tosca, gente que perde a noção do ridículo, então o que me resta é ficar ali observando porque cada vez mais eu fico espantada como pode a imbecilidade crescer tanto. Tenho medo de ser a única criatura “lúcida” nesse mundo daqui alguns anos.

Bom, indignações à parte, voltemos ao assunto. Dai que evidentemente que eu só fui na academia por uma semana (não alcançando nem a expectativa de duas semanas) e voltei à minha vida sedentária. Namorado que não se deixou vencer me chamou pra fazer aulas de tênis.

Pensei “Caro! Aula de tênis vai ser caro, certeza!”. Mas em uma bela manhã ensolarada de sábado resolvemos sair para ver alguns lugares que davam aula. Primeiro fomos no Racket. R$ 170,00 por pessoa para duas aulas semanais de uma hora. Pensei de novo “Caro! Mais caro que aquela academia chata”. Dai do lado tinham duas lojas de móveis, aproveitamos e fomos ver preço de sofá (porque a gente tava assistindo TV sentado numas cadeiras de plástico, tipo aquelas de bar mesmo, porque ainda não tinha sofá em casa). Caro também. E apesar de caros não tinha nenhum que pudesse dizer “mas nossa como esse sofá é magnifico de confortável”.

Resolvemos ir até uma outra escola (sei lá se chama escola mas é lá onde tem muitas quadras e as pessoas aprender a jogar), o CET. R$ 300,00 por pessoa para duas aulas semanais de uma hora cada. Me perguntei se esse povo é doido, porque se eles são, eu não sou. Namorado e eu já meio que desanimados, seguimos em direção à nossa casa.

No caminho passamos na outra loja de móveis e achamos o sofá “magnífico de confortável”. Caro! Mas era magnífico de confortável! Bonito e magnífico de confortável! Caro de novo, mas magnífico de confortável de novo! Compramos! Fomos pra casa felizes e falidos com nosso sofá magnífico de confortável que a gente fez o vendedor entregar aquela hora mesmo (tudo bem porque a gente mora do outro lado da rua de onde fica a loja).

Não conseguimos as aulas mas voltamos felizes com um sofá, no qual passamos o resto do final de semana deitando e rolando, assistindo filme e comendo salgadinho (pra engordar um pouco).

domingo, 29 de maio de 2011

SOBRE O DIA EM QUE VALEU A PENA EU TER ESTUDADO MINHA VIDA TODA

Daí que eu mudei pra Aracaju (Deus me Livre, para os leitores mais antigos) e que eu dei um pé na bunda da minha carreira em escritórios e agora eu trabalho com obra. É isso ai, junto com a peãozada mesmo. A marmita é ótima! Mas vou explicar melhor: Eu ando nas obras que a construtora faz e fico vendo se as coisas estão sendo feitas conforme deveriam. Daí faço um relatório e mando para o supervisor e o superintendente. É isso ai (novamente)! Cagueta!!! Essa é a minha função na carteira de trabalho.

Mas..... não é só isso.... eu também faço pesquisa. Tenho que procurar coisas novas pelo mundo a fora pra ver se é legal e viável ($$$) para implantar na empresa.

Daí que eu to estudando uns equipamentos ai que custam um pouco mais de 1 milhão e 200 mil reais. E é claro que o povo tá doido pra me vender isso né!

Mas pra comprar tem que me provar que vai valer a pena. E ai? Vai me convencer?

Eis que a representante de vendas desses equipamentos marcou uma visita para eu fazer em uma obra láaaa em Salvador (aqui pertinho, 30 minutinhos de avião). Mas como em Deus me livre não tem avião a todo momento (e voltou a ser deus me livre por conta disso!), eu teria que passar uma noite em Salvador.

Tudo bem! Sem problemas! Pra quem quer vender um milhão em equipamentos.. o que seria uma estadia simples né?

Daí que como a vida toda eu fui pobre, acostumada com as pousadinhas baratinhas, com PF (pra quem não sabe: Prato Feito, de preferência de buteco que vem mais e é mais barato), com garfo de plástico, com chinelo... enfim... eu estava esperando um lugar legal, mas simples, pra passar a noite.

Voltando... cheguei no aeroporto de Aracaju Deus me Livre as 12:30 com o namorado. Almoçamos, ele foi trabalhar e eu fui pra sala de embarque. Avião deveria sair as 14:40, mas só saiu 15:30 (lógico né!).

Cheguei no aeroporto de Salvador 16:10 e a representante de vendas (que vamos, aqui, chamar carinhosamente de “A mulher” - porque ficar escrevendo representante de vendas toda hora vai encher o saco) me pegou no aeroporto, toda simpática e conversadora.

No caminho, enquanto A mulher falava e falava, eu pensava “Que bom, vou chegar cedo no hotel e vou ficar lá o resto da tarde a toa, ô vida boa!”. A mulher fala “Ai!!! Era pra eu ter entrado ali...”. A hora que escutei a dona Mulher falando isso eu olhei pra frente e tinha um mar de carros enfileiradinhos e paradinhos: TRÂNSITO. Pra quem não sabe (e eu não sabia), Salvador é parecido com São Paulo, tem uma merda de transito! Me senti de novo engarrafada na Av. Morumbi as seis da tarde em dia de chuva (visão do inferno).

E lá se foram as minhas esperanças. O carro andava 1 metro e parava, mais 1 metro e parava, mais meio metro e parava de novo. E o retorno parecia ficar em outro estado, porque não chegava nunca. Lá se ia a minha tarde tranqüila. A mulher não parava de falar e o carro não parava de parar!

O retorno surge (pra mim como se fosse o céu) e a gente começa a voltar. Não que o caminho de volta estivesse diferente, mas pelo menos eu sabia que estávamos indo pra direção certa.

Depois de mais meia hora eis que ela diz “Chegamos!”. E foi ai que eu comecei a perceber que ter estudado a minha vida toda tinha valido a pena. O hotel era o BAHIA OTHON PALACE HOTEL. Para você, simples mortal que não conhece, ele fica num barranco e todos os quartos têm visão para o mar. O saguão tinha uns 15 metros de altura e tinham os hominhos com uniforme que carregavam malas (que eu só sabia que existiam em filmes).

Fiz o check-in, a mulher falou que a minha janta tava liberada e o café da manhã também, e foi embora. E eu fiquei ali. Com tudo aquilo a minha volta, num lugar que eu jamais ia pensar em ficar porque deveria ser o olho da cara. Subi pro quarto, abri a porta com o cartãozinho (porque chave é coisa de pobre! Na minha casa só vai ter cartãozinho) e vi uma cama que cabiam três pessoas (e tinham três travesseiros lá enfileirados... fiquei pensando pra que seriam os três travesseiros. Pra dormir duas pessoas e uma delas ficar agarrada com o terceiro travesseiro seria injusto porque a outra ia ficar se sentindo solitária sem o quarto travesseiro. Pra dormir um casal brigado, daí a mulher viraria para o lado e colocaria o travesseiro encostado na bunda pra que o marido chato não fosse encoxar ela de noite. Pra três pessoas dormirem juntas, daí já começou a ficar meio pornográfico e eu resolvi apenas pensar que era uma cama grande porque o hotel era caro).


Desci para jantar. Um restaurante chique dentro do hotel que me serviu filé de pescada branca assado na folha de bananeira com gengibre, coentro, pimenta sei lá do que e mais um monte de condimentos, acompanhado de um risoto de abacaxi. Delicioso. E muito pequeno! Pequeno mesmo! E Caro. Eu não entendo porque é que tem que ser tão caro e tão pequeno. Minha sorte foi que antes de chegar o prato trouxeram uns pãezinhos com azeitona, patê e tomate seco. Se não eu ia ficar com fome.

Fui dormir. Quando acordei, ainda na cama, olhei em direção à janela... só tinha o mar. Não via mais nada, só o mar. Levantei, lavei o rosto, me troquei e fui tomar café. Muita comida. E particularmente, adoro ovo mexido de hotel. Não sei bem o que é que eles fazem mas o ovo mexido do café da manhã dos hotéis/pousadas são especiais. Talvez a cozinheira dê uma cuspida lá e dê o gostinho, talvez sejam ovos transgênicos resultado de galinhas fluorescentes, talvez seja só a beleza de não ter que fazer meus próprios ovos mexidos... vai saber.. mas que são mais gostosos do que os outros.. ah.. isso são.

Comi, subi pro quarto arrumei minha malinha e me despedi daquela vista fenomenal que provavelmente eu não verei tão cedo... a não ser em fotos como essa que está logo abaixo.

Mas valeu! Nesse dia valeu a pena ter estudado a minha vida inteira! E foi por isso que eu estava lá. Porque eu passei noites em claro estudando feito uma condenada para conseguir passar no vestibular de uma das melhores universidades do país, porque depois de ter entrado eu passei 7 vezes mais noites acordada para conseguir sair de lá. E foi por causa desse diploma que eu consegui um caminho aberto para uma das maiores construtoras do nordeste e por causa dessa construtora que eu pude ficar e comer, de graça, em um dos melhores hotéis de Salvador. E se precisasse fazer tudo de novo... Ah!!!! Eu pediria pra Deus fazer minha mãe ganhar na loteria antes de eu nascer!

quarta-feira, 30 de março de 2011

SOBRE O QUE VEM ACONTECENDO EM DEUS ME LIVRE


Voltei.

É fato notório que eu achei que a minha vida aqui em Deus me livre ia ser apenas sol (com protetor e guarda sol dessa vez) e água fresca (que fosse água de coco e até mesmo uma skol gelada), mas alguma coisa se desviou do caminho certo...

Enquanto estava lá em SP, entre o engarrafamento da ponte do Morumbi e os assaltos na Marginal Pinheiros, eu pensava utopicamente como seria minha vida aqui no nordeste.

Eu podia sentir a brisa do mar envolvendo meu corpo que "tomava sol" (embaixo do guarda sol) enquanto  admirava aquela praia linda e tranquila por todos os finais de semana para o resto da minha vida; podia sentir o suor de todas as noites quando eu, na minha nova fase da vida "Ser Saudável", corria no calçadão para que minhas coxas e bunda ficassem mais firmes assim como minha pochete (uma massa não indentificada que começou a possuir meu corpo na região da minha barriga) iria diminuir até sumir; podia presenciar a sensação de tranquilidade e paz nas noites de sexta feira quando enfim, sairia com o Namorado para fazer programas de namorados em um das centenas de barzinhos que têm na passarela do caranguejo (e não precisar nunca mais alugar o mesmo filme e assistir junto com ele no telefone - e viva a tim que me possibilitou esses momentos inesquecíveis)... enfim era tudo perfeito.

Primeira semana por aqui: Eu doente. Peguei uma virose/praga/resfriado/macumba e fiquei mal. Já sai de sp ruim. Chegando aqui acho que o virus paulista "copulou" (sabemos que os virus não fazem isso, estou apenas ilustrando uma situação irreal) com o virus aracajuano e gerou filhotes maiores e mais fortes e mais possuidores do corpo humano. Fui parar no pronto socorro (ah.. se vc falar "pronto socorro" aqui, vão te levar prum hospital público - e muito, mas muito feio mesmo, se você quiser ir para um hospital particular tem que falar "urgência". Ainda bem que o Namorado tava comigo pra me explicar...) duas vezes (1a vez R$ 120,00, 2a vez R$ 195,00. Eu ainda tava sem o plano de saúde). Passei a urucubaca pro Namorado. A casa parecia um alojamento de pessoas na quarentena separadas do mundo. Um moribundo em cada canto.

Passada a virose/praga/resfriado/macumba, comecei a trabalhar.

Dai que eu cheguei aqui para trabalhar num contrato que duraria até no mínimo julho, então vim tranquila porque não iria ficar desempregada até lá e também porque todo mundo estava falando que estava faltando engenheiro civil aqui em Aracaju, portanto, não seria difícil de arrumar outro emprego ao final do tal contrato.

O emprego era perfeito. A empresa ia me dar um carro para que eu pudesse me deslocar até a obra, fazia reembolso de qualquer gasto que eu viesse a ter, dava ticket refeição, plano de saúde, carteira assinada (coisa que eu nunca tive, só trabalhei ilegalmente em sp) e o meu chefe seria o meu namorado. Já estava recebendo salário desde o começo de fevereiro mas fui fazer alguma coisa mesmo só la pelo meio de fevereiro. Então já podia pegar o carro. Peguei na terça feira. Uma saveiro (para poder chegar até a obra que fica no meio do mato). Na sexta feira chegou um email pedindo para todos os engenheiros devolverem os carros por corte de gastos. Agora raciocina comigo, se estão cortando custos e tiraram os carros dos engenheiros, vão dispensar os engenheiros também. Porque do que adianta um engenheiro para fiscalizar uma obra se não tem como o engenheiro chegar na obra???  Na segunda feira mandaram um aviso que o contrato só valeria até o meio de abril. Pronto! Eu tinha exatamente dois meses pra me virar.

Deprimi! Fiquei desesperada achando que ia ficar desempregada e que ia ter que voltar a pegar trânsito em
SP, dai me cadastrei em todo e qualquer site de empregos (gratuitos porque já que eu seria uma desempregada eu não conseguiria pagar pelos serviços) que eu achei no google e assim foi por uma longa semana.

Resolvei ressucitar uma velha proposta de emprego que eu tive para uma das maiores construtoras daqui, pra trabalhar na área de tecnologia. O cara tinha falado comigo em novembro do ano passado mas como eu ainda estava em sp, as coisas ficaram meio que em stand by. Liguei pro cara. Ele falou que a vaga ainda estava lá e eu falei que ainda tinha interesse.

Só que o cara não para quieto dentro da construtora. Ele tá toda hora viajando pra lá e pra cá. Dai me mandou ligar na semana seguinte. Eu liguei. Liguei de manhã, não atendeu. Liguei 30 min depois, não atendeu de novo. Liguei 30 min depois, caixa postal. Liguei uma hora depois, o telefone estava ocupado. Liguei 10 minutos depois, nao atendeu. E assim foi meu dia. De hora em hora eu ligava pro cara e não conseguia falar. Até que no final da tarde eu liguei e ele desligou. Dai ele ligou de volta e quando eu peguei o telefone pra atender, ele desligou. Eu liguei de novo, tava ocupado (acho que ele ligou pra mim errado), dai ele ligou. Dai eu atendi e a gente marcou a entrevista. Foi um dos dias mais nervosos da minha vida. ODEIO CELULAR.

Fui fazer a entrevista. Consegui o emprego. Ele falou que eu poderia terminar de cumprir o meu contrato na outra empresa antes de ir pra lá. Mas como eu não queria correr o risco de perder a vaga, eu pedi para cancelarem meu contrato no meio de março e hoje vou ligar pra ele pra falar que toda a minha documentação já está ok e que eu já posso começar.

No meio disso, tem umas três semanas, apareceu uma pereba/micose/brotoeja na minha barriga. Achei que era aqueles troços que nenê tem por causa do calor, acho que é "brotoejo/a". Não fui no médico. Fui pra sp, passei a receita caseira e pra tudo que a minha mãe tem "alcool com arnica" (é tipo o xarope que Julius - O pai do Chris da série "Todo mundo odeia o Chris", que é muitooo boa!!! - usa quando os filhos ficam doente de qualquer coisa). Ardeu e fiquei um pouco mais feio. Num passei mais. Voltei pra Aracaju, a pereba se multiplicou e eu fiquei com nojo. Fui na "emergencia" (porque pro "pronto socorro" era o último lugar que eu gostaria de ir, se eu já tava com pereba, imagina como eu ia sair de lá...). O médico clinico geral que não entende nada de dermatologia falou que era micose e que eu comprasse um remedio (que me custou R$ 51,90) pra espirrar nas perebas e que se não passasse dentro de 7 dias, era pra eu procurar uma dermatologista. E é lógico que não resolveu. Agora veja, se eu conseguisse passar num dermato eu não iria ali falar com ele. Passaram-se os 7 dias e nada das perebas/micoses/brotoejas sumirem. Mas como eu sou esperta, já fiquei tentando marcar o dermato.

Depois de muito custo consegui marcar uma dermatologista pra cinco dias depois. Pensei que até lá essa pereba/micose/brotoeja já teria me comido toda, mas graças a Deus eu ainda conseguia andar na rua sem ninguem sair correndo de medo. Ela me disse que isso não era pereba/micose/brotoeja, que era um virus (logo, uma virose) e que o ciclo do vírus era de 40 dias e que portanto eu tava dentro desse tempo do ciclo ainda. Me passou mais uma pomada e um remédio (mais R$ 44,30) e falou que é para eu voltar lá depois de três semanas. Mas pelo menos dessa vez parece que ta resolvendo. Não porque eu ache que foram os remédios mas eu acho é que os dias do virus estão acabando mesmo.

Dai pra deixar minha mãe mais aliviada e saber que o que eu tenho não eram perebas/micoses/brotoejas que eu peguei na praia eu falei "Oi mãe. Vim do médico agora. Isso que eu tenho é uma virose, que nem gripe. Não é micose não". Dai ela responde "Ai credo!!!! Eu que num vou pra ai não!!!"

Valeu pela força, ein Mãe!!!

E a praia...??? QUE PRAIA????

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre onde estar


Daí que eu cheguei aqui. É, aqui longe. Aqui em Deus me Livre. Aqui em Aracaju.


E as vezes eu olho pela janela e penso “Nossa, eu to morando no nordeste!”

E o nordeste é longe pra c@r@lh# do sudeste. E eu vivi a minha vida toda no sudeste, mas agora eu estou no nordeste.

Mas isso não me assusta. Na verdade me dá um sentimento de contentamento, de realização, de liberdade, de conquista. Por estar morando no nordeste? Não necessariamente, mas sim por estar exatamente onde eu gostaria de estar agora.

Eu não queria estar em SP, ou em campinas, ou em floripa, ou na Europa (se bem que não era má idéia..hehehe)... mas eu queria estar aqui. Aqui em Aracaju.

A parte mais engraçada disso tudo foi a reação das pessoas. Na real, acho que 98% das pessoas para quem eu contei ficaram assutadas. Os outros 2% eram a Renata! Que a propósito teve uma reação inesperada, nem surtou. Mas agora ela tá numa fase mais “ter a alma elevada e ser uma pessoa melhor”, acho que isso acontece quando a gente faz 31. Mas como eu ainda estou com 30, a minha continua sem a elevação (malvada!! HÁ HÁ HÁ – risada macabra).

Voltando... acho que a pessoa que mais foi transparente e que encabeça o time dos “desacreditados” foi o meu ex ex chefe de campinas. Falei pra ele por MSN que estava vindo morar aqui: “Cid,to indo morar em Aracaju”. Daí ele respondeu “Você é doida???” Foi a mais sincera e transparente expressão indignação, que eu acho que os 98% das pessoas sentiram, mas ele foi o único que concluiu a frase.

Mas sabe que não é a primeira vez que eu escuto isso? Vez ou outra tem gente falando que eu sou doida por fazer isso ou aquilo. Também não me incomoda. Pelo contrário. Eu gosto de ser doida. Geralmente me classificam assim quando estou fazendo alguma coisa que eu quero muito. Mesmo que isso me leve a mudar totalmente de vida.

Confesso que agora tem uma coisa diferente de antes. Quando eu era mais nova e tinha menos contas pra pagar, eu era uma “doida inconseqüente”. Se eu queria, eu fazia e pronto. Agora não é mais assim. Agora eu me classifico como uma “doida consciente”. Se eu quero, eu vejo se vou ter dinheiro, vou e faço. Lógico, porque agora não é só a minha vida que depende de mim. Tem mais gente nela.

Daí que agora eu estou aqui. E pra matar meio mundo de inveja: EU TO SÓ DE BOA!!!!

A obra que eu vou trabalhar ainda não começou. Meu namorado é meu chefe. Num tenho nada pra fazer por enquanto, mas vou receber assim mesmo.

Agora para esse meio mundo cheio de inveja se vingar da minha pessoa, eu confesso: EU TAVA DOENTE ATÉ ONTEM!!!

Meu!!! Que urucubaca que pegou em mim. Uma semana antes de me mudar pra cá fiquei com dor de garganta lá em SP. Como essa é a pior dor que eu posso sentir, porque não posso fazer as duas coisas que eu mais gosto (comer e falarrrrr), então me automediquei (porque eu sou engenheira e se eu sei integrar uma equação fazendo ela gerar uma superfície, então eu posso me automedicar porque eu sei de tudo) com muito nimesulida. A dor de garganta passou mas eu fiquei rouca. Rouca e falante. É, porque eu precisava me despedir das pessoas, então passei a semana saindo a noite e encontrando com um e com outro e falando e falando e falando e ficando sem voz. Daí coçava a garganta e eu tossia. Daí eu tossia e machucava a garganta. Daí a garganta doía.

Assim eu vim pra cá. Cheguei e contaminei o namorado. Que tava bom mas que ficou ruim. E lógico que, pra ajudar, eu tava sem plano de saúde (alias, ainda estou). Porque o plano de saúde de SP era só para SP. Não era nacional. O plano de saúde da empresa que me contratou ainda não chegou pra mim. Então o que me restou foi ir ao hospital particular passar na emergência. R$ 130,00 (em dinheiro porque não aceitavam nem cartão de débito). Remédios na farmácia (antibiótico e alegra D). É, porque pra eu me automedicar com antibióticos eu preciso fazer o meu mestrado... com a graduação de engenharia eu só me automedico com antiinflamatórios.

PS* Essa maldita nova regra de português atrapalhou a minha vida. Portanto não liguem se tiver alguma coisa fora dela. E fora das regras antigas também. Eu não sei escrever. Só sei fazer conta (e integrar equações para criar superfícies).

Não passou. Meu nariz escorria uma “aguinha” incontrolavelmente, eu estava vivendo com uma toalha a tira-colo porque se eu vacilasse, a gosminha caia do meu nariz que nem fruta madura cai do pé, em cima do que quer que estivesse passando por baixo de mim. O meu olho esquerdo não abria. Só lacrimejava. Eu estava nojenta. Continuei ruim. Hospital de novo. Particular de novo. R$ 170,00 mais exames e remédios. Isso foi terça feira passada (dia 08).

Como Deus estava vendo meu sofrimento e Ele sabia que se eu tivesse que pagar mais um centavo pra qualquer médico panqueca não saber como me consertar, eu ia matar um, então Ele resolveu me dar uma trégua e eu agora estou melhor.

E pasmem, eu estava sem carro aqui. O carro chegou na terça feira (pelo menos foi no hospital de carro e não de taxi, porque eu já estava a ponto de fazer um desses taxistas o cara mais rico do nordeste, de tanto que eu tava andando de taxi). Só fazendo um parêntese aqui: Meu namorado sofreu aqui nesse lugar sem um carro pra andar, coitado! Hoje eu reconheço e peço perdão por todas as vezes que eu sacaneei ele por ele estar andando aqui a pé e eu de carro lá em SP. P#rr@, vida de corno! Ninguém merece (nem eu!).

Enfim, agora eu estou melhor e você, que estava ai morrendo e inveja e depois ficou com dó de mim, pode morrer de inveja novamente porque nesse final de semana eu vou à praia. E vou comer peixe frito. E amanhã, sexta a noite, vou no show do kid abelha, de graça, na praia de Atalaia!!!

E de carro!!!! Porque é lá exatamente onde eu quero estar amanhã a noite!!! É bom estar exatamente onde a gente quer estar!

Volto depois pra contar como foi. E de preferência com marcas de biquíni! Porque já tá bom de eu me lascar aqui né!

bjissimosssssssssssssssssssssssss

domingo, 23 de janeiro de 2011

Falta uma semana

Sabe, é domingo, é de manhã e exatamente agora falta uma semana pra eu ir pra Deus me Livre.
meu avião deve sair a essa hora mais ou  menos.
E eu to aqui meio que .. normal. Não to nervosa, não to ansiosa, não to tensa... ta tudo tranquilo. Estranho isso, não? Eu devia estar com medo, com nauseas, com dor de barriga.. afinal to deixando um montão de coisas aqui (inclusive mamãe) e to indo pra longe.
Falei com o namorado ontem. Ele também tá assim, normal. Não tá tenso, não tá nervoso, não da com dor de barriga, não tá nada. Tá normal.
A gente tá indo morar junto! Alguma coisa a gente deveria estar sentindo... será que não? Algum nervoso.. algum medo. Mas não.. tá tudo tranquilo. Eu to indo pra lá e pronto.
Não sei se ainda não caiu a ficha ou se é por causa da correria que eu to tendo nessas últimas semanas pra deixar tudo em ordem aqui antes de zarpar. No serviço, em casa, na minha planilha de gastos, na minha gaveta cheia de documentos.... enfim, correria pra deixar tudo certo, pra ver se não tenho problemas depois para resolver. E resolver de longe é mais difícil.
Concluindo, tá tudo normal.
A gente é louco?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MUDANDO PARA DEUS ME LIVRE

Aviso oficial:

Minha mudança para Deus me Livre está confirmada para o dia 30/01/11.

Passagem comprada, emprego arrumado (carteira assinada). Agora eu to indo!

EU TO INDO MORAR NA PRAIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Responder às postagens

Gente, no post passado tive uma "reclamação" do Sylvio por não responder aos comentários...

Nunca respondi porque sempre achei que ninguém voltava nunca pra ver a resposta....

Alguém ai volta?

Então resolvi que agora eu vou responder!

Esse post é só pra falar isso!

Bjissimosssssssss pra todo mundo!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sobre como passar mal no nordeste

Você sabe como fazer um camarão? Simples! Não requer prática nem tão pouco habilidade.

Pegue uma pessoa “broca” (*), de pele muito clara (branquela), passe protetor solar fator 30 e deixe numa praia do nordeste, fora do guarda sol, de biquíni, por um período mínimo de 3 horas. Dê cerveja para essa pessoa ir tomando durante todo o período. Leve essa criatura pra pousada e espere até chegar o final do dia.
(*broca = lesada, lerda, burra - IMBECIL)

PRONTO! Camarão feito! Ardido! Dolorido! Quente! Vermelho!

Foi assim meu primeiro dia de praia (Praia do Francês – AL). Isso mesmo! Eu consegui quase entrar em combustão espontânea. Te falo com a maior sinceridade que alguém poderia ter no mundo: DÓI!!!

Fiquei lá achando que eu já era praticamente uma nativa da terrinha, com a pele dourada, resistente às ações do sol (é.. eu tava me sentindo a garota do bum-bum dourado mesmo!), deitei e rolei na canga, feito um calango, debaixo daqueles 257 graus positivos. Enquanto o Namorado (meu Preto), nativo, estava debaixo do guarda sol. No cursinho tinha um professor que falava que o sol matava os neurônios, que era pra gente andar na sombra até passar no vestibular. Sabe, num é que ele tava certo?! Porque não tem outra explicação para o que eu fiz! Primeiro dia de praia, eu, praticamente transparente, grelhando na areia... sendo que todas as outras vezes que eu fui pra lá, eu me banhava num tonel de protetor fator 60 a cada meia hora (o pé e a orelha também eram lamecados de protetor) seguindo o conselho, SÁBIO CONSELHO, da amiga Renata. Mas não dessa vez! Dessa vez eu esqueci que eu sou paulista, sedentária, que trabalho num lugar que não tem nem janela, que eu franzo (de franzir) a testa quando saio à luz do dia e que eu tenho milhões de sardas (que aumentam com a exposição ao sol)... enfim...

Bom, já que eu estava com o corpo todo latejante, no segundo dia o Namorado resolveu me levar só pra passear na cidade, ver bordados (adoro ver artesanato), ver a praia, ver o movimento e então deu fome! E já que eu não podia fazer o que eu mais gosto de fazer quando estou no nordeste, que é ir à praia (deu pra perceber, né?), então vamos fazer a segunda coisa que eu mais gosto de fazer: COMER!

Fomos à um restaurante muito bom (O Peixarão), e como eu adoro comer peixe (quando eu estou lá pra cima) então falei pro Namorado que podia pedir qualquer coisa (coisa = peixe) desde que fosse no molho de coco. Tomamos uma cerveja pra esperar o prato. Chegou uma cumbuca grande, com um ensopado de peixe com camarão (não.. não era eu dentro da cumbuca, eram outros camarões – piadinha horrível, tá bom eu sei!) e muito, mas muito molho de coco! Devo dizer que minha boca encheu d'água agora. E eu, como qualquer menininha educada e fofa, COMI PRA K-RA-LHO! Dei umas duas ou três colheradas do molhinho pro Namorado junto com os camarões. O resto foi meu!!!

Piriri, dor de barriga, desandamento, diarréia, CAGANEIRA! Meu! A noite meu intestino e meu estômago se rebelaram contra mim. Sabe quando você vai no banheiro e acha que ta saindo líquido pelo buraco errado? Então, foi assim. Logo depois disso veio a dor no estômago.

No dia seguinte (terceiro dia de praia), no café da manhã, tinha tapioca com leite condensado e coco, ovo mexido, cuscus, salsicha no molho, macaxeira... f#d@-se! Comi tudo!

Voltamos pro quarto e ficamos lá esperando dar meio dia porque íamos sair da pousada, daí fomos na praia da Barra de São Miguel. Lindo aquele lugar! A água estava uma piscina. Dessa vez, eu já não tão broca, fiquei todinha debaixo do guarda sol. Depois fomos para a casa da sogra porque a noite fomos passar o natal na casa da avó do Namorado.

O estômago ali, firme e forte me incomodando, Namorado mandou tomar epocler (receita básica de “bêbo*”). Bagulho ruim da p#rr@. Na hora pensei em falar que eu já tinha melhorado só pra não precisar tomar outro, mas a dorzinha tava forte.
(*bêbo = bêbado)

Chegou a noite, ceia na casa da avó. Peru, Filé ao molho madeira, maionese, arroz com passas. F#d@-se! Comi tudo (de novo)! Estomago cada vez mais contente. Saímos de lá as duas e meia da manhã e fomos encontrar os amigos do Namorado na casa de um deles. Pensei: “Pior do que tá num há de ficar, vou tomar uma gelada! Vai que melhora...”.

Tomei uma, tomei duas. Num melhorou. Daí resolvi parar de tentar antes que eu passasse mal na frente de todo mundo e resolvi tomar água, daí o Namorado me levou pra casa. Chegando lá a sogra deixou um chazinho de boldo pra mim. E a essas alturas, qualquer coisa que me falassem que ia adormecer meu estômago eu tava tomando (menos o epocler!). Tomei e fui dormir.

Sabe que eu levantei melhorzinha? Daí passei o sábado comendo coisas leves, tomei mais duas doses do chá da sogra. Domingo a noite eu já tava inteira! Fomos no shopping, eu de tomara que caia pra mostrar o bronze (meio avermelhado), enquanto estava no elevador, uma nativa falou “ta bronzeada em fia!!!” daí eu, educadamente, respondi “cê viu só, consegui ficar morena!”. Depois fiquei pensando que aquela cretina tava era tirando onda com a minha cara porque eu tava com cara de turista ardida. Deixa ela. Eu vou voltar lá.

Eu e o Namorado fomos no cinema ver “De pernas pro ar” e depois fomos jantar. E como eu já tava inteirona, mandei pra dentro um prato (super cheio) de bife de chorizo (argentino ein!!!), arroz e purê (Num sei se tá certo escrever “chorizo”... mas como eu tô no escritório e essa merda tá sem internet eu não consigo dar aquela googada pra confirmar, então vai assim mesmo. Quem souber pode mandar um comentário do tipo “sua anta, escrever assim... “)

Depois fomos pra casa e eu dormi feito um nenezinho.

Dia seguinte (segundona brava) acordamos as 4:30 da manhã porque tinhamos umas 4 horas de estrada pela frente. O Namorado ia trabalhar as 9:00. Saímos e nem tomamos café da manhã. Lá pelas 6:30 começou a me dar um leve revertério na região da barriga (região porque eu não sabia ao certo onde era). Lá pelas 7:30 eu descobri que era no meu intestino. As 8:00 paramos num restaurante que tinha um café da manhã nordestino fantástico, com direito a carne de sol, frango assado, macaxeira, ovo, sopa, costela e afins. Minha barriga rosnou pra mim, meu intestino deu um nó e eu fui pro banheiro.

Banheiro de beira de estrada. Sujo. Eu, me desfazendo em merda de novo (maldito bife de chorizo – argentino!!!). Pensa numa pessoa desesperada, entre um vaso sanitário imundo e um cu prestes a não segurar mais nada.... vai de pé mesmo! Abaixa até onde der e vai fundo!

Foi a primeira vez na minha vida que eu fiz isso de pé! ... (pausa pra você, mulher, se imaginar na minha situação) ... (agora para de rir porque rir da desgraça dos outros é pecado) ... Não, não escorreu nada pelas minhas pernas! Foi tudo no lugar certo. O jato foi tão forte que não deu pra escorrer. Pra minha sorte tinha papel no banheiro, porque é lógico que eu só lembrei dele depois que já tinha terminado o serviço.

Sai do banheiro um pouco branca, mas leve. Um pouco atordoada, mas aliviada. E com fome!

E no café tinha tudo aquilo que eu falei ai em cima... f#d@-se!... preciso dizer mais alguma coisa?

(E para as pessoas mais “sensíveis” que leram esse post e acharam nojento... sinceramente.. f#d@-se... te desejo caganeira em dobro e sem papel higiênico no banheiro!)