quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre onde estar


Daí que eu cheguei aqui. É, aqui longe. Aqui em Deus me Livre. Aqui em Aracaju.


E as vezes eu olho pela janela e penso “Nossa, eu to morando no nordeste!”

E o nordeste é longe pra c@r@lh# do sudeste. E eu vivi a minha vida toda no sudeste, mas agora eu estou no nordeste.

Mas isso não me assusta. Na verdade me dá um sentimento de contentamento, de realização, de liberdade, de conquista. Por estar morando no nordeste? Não necessariamente, mas sim por estar exatamente onde eu gostaria de estar agora.

Eu não queria estar em SP, ou em campinas, ou em floripa, ou na Europa (se bem que não era má idéia..hehehe)... mas eu queria estar aqui. Aqui em Aracaju.

A parte mais engraçada disso tudo foi a reação das pessoas. Na real, acho que 98% das pessoas para quem eu contei ficaram assutadas. Os outros 2% eram a Renata! Que a propósito teve uma reação inesperada, nem surtou. Mas agora ela tá numa fase mais “ter a alma elevada e ser uma pessoa melhor”, acho que isso acontece quando a gente faz 31. Mas como eu ainda estou com 30, a minha continua sem a elevação (malvada!! HÁ HÁ HÁ – risada macabra).

Voltando... acho que a pessoa que mais foi transparente e que encabeça o time dos “desacreditados” foi o meu ex ex chefe de campinas. Falei pra ele por MSN que estava vindo morar aqui: “Cid,to indo morar em Aracaju”. Daí ele respondeu “Você é doida???” Foi a mais sincera e transparente expressão indignação, que eu acho que os 98% das pessoas sentiram, mas ele foi o único que concluiu a frase.

Mas sabe que não é a primeira vez que eu escuto isso? Vez ou outra tem gente falando que eu sou doida por fazer isso ou aquilo. Também não me incomoda. Pelo contrário. Eu gosto de ser doida. Geralmente me classificam assim quando estou fazendo alguma coisa que eu quero muito. Mesmo que isso me leve a mudar totalmente de vida.

Confesso que agora tem uma coisa diferente de antes. Quando eu era mais nova e tinha menos contas pra pagar, eu era uma “doida inconseqüente”. Se eu queria, eu fazia e pronto. Agora não é mais assim. Agora eu me classifico como uma “doida consciente”. Se eu quero, eu vejo se vou ter dinheiro, vou e faço. Lógico, porque agora não é só a minha vida que depende de mim. Tem mais gente nela.

Daí que agora eu estou aqui. E pra matar meio mundo de inveja: EU TO SÓ DE BOA!!!!

A obra que eu vou trabalhar ainda não começou. Meu namorado é meu chefe. Num tenho nada pra fazer por enquanto, mas vou receber assim mesmo.

Agora para esse meio mundo cheio de inveja se vingar da minha pessoa, eu confesso: EU TAVA DOENTE ATÉ ONTEM!!!

Meu!!! Que urucubaca que pegou em mim. Uma semana antes de me mudar pra cá fiquei com dor de garganta lá em SP. Como essa é a pior dor que eu posso sentir, porque não posso fazer as duas coisas que eu mais gosto (comer e falarrrrr), então me automediquei (porque eu sou engenheira e se eu sei integrar uma equação fazendo ela gerar uma superfície, então eu posso me automedicar porque eu sei de tudo) com muito nimesulida. A dor de garganta passou mas eu fiquei rouca. Rouca e falante. É, porque eu precisava me despedir das pessoas, então passei a semana saindo a noite e encontrando com um e com outro e falando e falando e falando e ficando sem voz. Daí coçava a garganta e eu tossia. Daí eu tossia e machucava a garganta. Daí a garganta doía.

Assim eu vim pra cá. Cheguei e contaminei o namorado. Que tava bom mas que ficou ruim. E lógico que, pra ajudar, eu tava sem plano de saúde (alias, ainda estou). Porque o plano de saúde de SP era só para SP. Não era nacional. O plano de saúde da empresa que me contratou ainda não chegou pra mim. Então o que me restou foi ir ao hospital particular passar na emergência. R$ 130,00 (em dinheiro porque não aceitavam nem cartão de débito). Remédios na farmácia (antibiótico e alegra D). É, porque pra eu me automedicar com antibióticos eu preciso fazer o meu mestrado... com a graduação de engenharia eu só me automedico com antiinflamatórios.

PS* Essa maldita nova regra de português atrapalhou a minha vida. Portanto não liguem se tiver alguma coisa fora dela. E fora das regras antigas também. Eu não sei escrever. Só sei fazer conta (e integrar equações para criar superfícies).

Não passou. Meu nariz escorria uma “aguinha” incontrolavelmente, eu estava vivendo com uma toalha a tira-colo porque se eu vacilasse, a gosminha caia do meu nariz que nem fruta madura cai do pé, em cima do que quer que estivesse passando por baixo de mim. O meu olho esquerdo não abria. Só lacrimejava. Eu estava nojenta. Continuei ruim. Hospital de novo. Particular de novo. R$ 170,00 mais exames e remédios. Isso foi terça feira passada (dia 08).

Como Deus estava vendo meu sofrimento e Ele sabia que se eu tivesse que pagar mais um centavo pra qualquer médico panqueca não saber como me consertar, eu ia matar um, então Ele resolveu me dar uma trégua e eu agora estou melhor.

E pasmem, eu estava sem carro aqui. O carro chegou na terça feira (pelo menos foi no hospital de carro e não de taxi, porque eu já estava a ponto de fazer um desses taxistas o cara mais rico do nordeste, de tanto que eu tava andando de taxi). Só fazendo um parêntese aqui: Meu namorado sofreu aqui nesse lugar sem um carro pra andar, coitado! Hoje eu reconheço e peço perdão por todas as vezes que eu sacaneei ele por ele estar andando aqui a pé e eu de carro lá em SP. P#rr@, vida de corno! Ninguém merece (nem eu!).

Enfim, agora eu estou melhor e você, que estava ai morrendo e inveja e depois ficou com dó de mim, pode morrer de inveja novamente porque nesse final de semana eu vou à praia. E vou comer peixe frito. E amanhã, sexta a noite, vou no show do kid abelha, de graça, na praia de Atalaia!!!

E de carro!!!! Porque é lá exatamente onde eu quero estar amanhã a noite!!! É bom estar exatamente onde a gente quer estar!

Volto depois pra contar como foi. E de preferência com marcas de biquíni! Porque já tá bom de eu me lascar aqui né!

bjissimosssssssssssssssssssssssss