quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre jogar tênis e comprar sofá


Dai que como todo mundo sabe, eu estou naquela fase saudável. Tempos atrás eu estava correndo a noite pelo bairro e vez ou outra na praia, só que começou o inverno aqui em cima! E como aqui não esfria, chove! Lógico! Não poderia ser um inverno perfeito, sem frio e com sol quente mas não que frita seu miolo! Tinha que ter alguma coisa pra estragar, então chove! E chove muito! Portanto minhas sessões de corrida foram interrompidas.

Namorado, que gosta de fazer exercícios, chamou pra fazer academia. Fui. Mas tinha certeza que não passaria de duas semanas. Fui fazer aula de bike (que para os mais entendidos chama-se spinning). Um saco! Do grande e do cheio! Um tédio ficar lá naquela sala meio escura com som nas alturas com as músicas que eu mais odeio, pedalando uma bicicleta que não sai do lugar enquanto olhava fixamente para os peitos da “titcholina” que fazia aula na minha frente.

Não que eu seja fissurada em peito de mulher não, mas eu tenho um problema sério, eu não consigo parar de olhar gente ridícula. A p#orr@ da mulhé sabe que tem umas tetonas, sabe que o top que ela tá usando é 3 números menor do que o número certo dela, sabe que vai pro kct da academia e vai ficar lá pulando, mas mesmo assim ela bota a peitaria dentro do top tamanho infantil e vai pra lá. E deve achar bonito, porque se não não usava. E não é porque “ai coitada, vai ver tava sem dinheiro pra comprar um novo” porque a academia era uma das mais caras da cidade! É gente tosca, gente que perde a noção do ridículo, então o que me resta é ficar ali observando porque cada vez mais eu fico espantada como pode a imbecilidade crescer tanto. Tenho medo de ser a única criatura “lúcida” nesse mundo daqui alguns anos.

Bom, indignações à parte, voltemos ao assunto. Dai que evidentemente que eu só fui na academia por uma semana (não alcançando nem a expectativa de duas semanas) e voltei à minha vida sedentária. Namorado que não se deixou vencer me chamou pra fazer aulas de tênis.

Pensei “Caro! Aula de tênis vai ser caro, certeza!”. Mas em uma bela manhã ensolarada de sábado resolvemos sair para ver alguns lugares que davam aula. Primeiro fomos no Racket. R$ 170,00 por pessoa para duas aulas semanais de uma hora. Pensei de novo “Caro! Mais caro que aquela academia chata”. Dai do lado tinham duas lojas de móveis, aproveitamos e fomos ver preço de sofá (porque a gente tava assistindo TV sentado numas cadeiras de plástico, tipo aquelas de bar mesmo, porque ainda não tinha sofá em casa). Caro também. E apesar de caros não tinha nenhum que pudesse dizer “mas nossa como esse sofá é magnifico de confortável”.

Resolvemos ir até uma outra escola (sei lá se chama escola mas é lá onde tem muitas quadras e as pessoas aprender a jogar), o CET. R$ 300,00 por pessoa para duas aulas semanais de uma hora cada. Me perguntei se esse povo é doido, porque se eles são, eu não sou. Namorado e eu já meio que desanimados, seguimos em direção à nossa casa.

No caminho passamos na outra loja de móveis e achamos o sofá “magnífico de confortável”. Caro! Mas era magnífico de confortável! Bonito e magnífico de confortável! Caro de novo, mas magnífico de confortável de novo! Compramos! Fomos pra casa felizes e falidos com nosso sofá magnífico de confortável que a gente fez o vendedor entregar aquela hora mesmo (tudo bem porque a gente mora do outro lado da rua de onde fica a loja).

Não conseguimos as aulas mas voltamos felizes com um sofá, no qual passamos o resto do final de semana deitando e rolando, assistindo filme e comendo salgadinho (pra engordar um pouco).