sexta-feira, 29 de maio de 2015

Sobre Morar em Brasília


Dai que eu mudei pra Brasília!

Antes de me mudar pra lá ouvi milhares de opiniões sobre a cidade, mas uma coisa foi inânime, todo mundo disse “ou você ama ou você odeia Brasília”.

Isso me dava medo, porque né, 50% de chance. Vai que eu mudo tudo na minha vida e depois odeio o lugar? Faço o marido pedir transferência pra Brasília e depois quero sair de lá?

Ficou resolvido que eu iria sozinha primeiro, caso eu não fosse chamada no concurso do Hospital Universitário (que eu fiquei em segundo lugar) em Deus me Livre, o marido mudaria pra lá também.

Por sorte minha irmãzinha do coração e a namorada dela estavam morando em Brasília e me convidaram pra morar com elas enquanto eu não arrumasse casa ou até o marido ir pra lá também (Sim, são um casal homossexual. E não, elas não me atacaram. Ouvi várias vezes essa pergunta ridícula “elas não te atacaram?”... isso não faz sentido! Se não eu não poderia ir na casa dos meu amigos heteros, porque os maridos das minhas amigas iriam me atacar também, certo? Bom, então não seja idiota e não pense esse tipo de coisa enquanto lê meu blog).

Entendi o que o João de Santo Cristo sentiu quando disse que ficou bestificado com a cidade. Brasília é simplesmente sensacional. Deu certo, fiquei dentro dos 50% de probabilidade de amar aquele lugar.

Morei no Varjão. Não é o melhor lugar pra se morar em Brasília, é um bairro bem simples (era uma antiga invasão), é um pouco longe da esplanada dos ministérios, onde trabalhei, mas me serviu muito bem e foi muito bom ficar lá com as meninas.


Encontrei a Gê por lá algumas vezes. Passei meu 34º aniversário comemorando com ela no Daneil Briand, e depois em casa com as meninas.



Ambiente muitíssimo agradável (e a companhia melhor ainda)

Dá licença que eu vou ali lamber a foto pra ver se a vontade passa...
Cansei de ter amiga pobre, agora só amiga chique! Gê lindona!

Entendi como funcionam as superquadras das asas e nunca me perdi procurando lugares por lá!

Muito mais fácil do que decorar nome de rua

Fui fazer caminhada algumas vezes no Parque Olhos D'água, na Asa Norte:


Tão bom correr por aqui nos domingo de manhã... 

Fui comer em alguns restaurantes maravilhosos (viva o Restaurant week) como o El Negro e o Oscar:

Carne maravilhosa.. (to desejando agora!)
Lindo lugar...
Fui no Bay Park com as meninas, quando a Anna Julia veio nos visitar (e quase morri congelada no inverno do DF):


Fui no Salto do Itiquira com a minha Nega do coração (Emi) fazer uma trilha de mil horas, na qual eu quase morro de tanto andar, mas que no final valeu muitooo a pena, porque tomar banho na água da cachoeira antes dela cair lá de cima não tem preço!!!

Eu e Emi chegando no topo.... (daqui umas duas horas....)

Demais de lindo!

Demais de alto...

Fui fazer visita turística no Congresso Nacional, no Itamaraty, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal:






E enfim, fui trabalhar na Esplanada dos Ministérios:



Foram três meses muito legais.. conheci gente nova, lugares novos, trabalho novo... Reencontrei amigos queridos que estudaram comigo na Unicamp, andei pra caramba na cidade e amei tudo o que aconteceu por lá.

Em agosto voltei pra Deus me Livre, mas um pedacinho do meu coração ficou por lá.. lá naquele quadradinho, no meio do país, com um aviãozinho dentro! Quem sabe um dia eu volte pra ficar... quem sabe....

sexta-feira, 8 de maio de 2015

SOBRE PEDIR DEMISSÃO



Dai que eu passei no concurso do Ministério da Fazenda, pra ir trabalhar lá em Brasília. E também passei no concurso do Hospital Universitário aqui de Deus me Livre, porém nesse eu fiquei em segundo lugar e só tinha uma vaga. O cara que ficou em primeiro lugar também passou num concurso no RN, que é onde ele mora, então havia uma probabilidade muito grande do cara assumir a vaga lá e deixar a vaga daqui pra mim. Mas mesmo assim eu não quis arriscar, vai que o cara briga com a mulher, vai que a polícia tá procurando ele lá, vai que ele quer desbravar Deus me Livre.. sei lá.. vai que o cara vem pra cá, então não poderia deixar de assumir minha vaguinha lá em Brasília, que já estava certa.

Fora que morar em Brasília seria uma experiência nova e eu adora fazer coisas novas.

Bom, eu precisava pedir demissão de onde eu estava trabalhando. Eu nunca tive muito problema em pedir demissão, porque sempre me dei bem com meus chefes. Mas com esse era um pouco diferente. Ele era mentiroso, grosso e manipulador. Então eu tive muito mais prazer em dizer que ele entraria com a bunda e eu com o pé.
Toma ai, seu tosco!
Mas antes de pedir demissão efetivamente aconteceu uma coisa... na etapa de análise de títulos e experiência profissional do concurso do Hospital Universitário eu precisava entregar uma declaração do empregador dizendo que eu trabalhava na empresa e as funções que eu exercia. Foi nessa hora que fodeu. Porque ele ficaria sabendo que eu estava prestando concurso, mas eu não sabia em que colocação eu ficaria. Mas não tinha o que fazer, eu tinha que pegar esse documento e fui lá pedir no RH da empresa com a maior cara de pau. Como foi um concurso grande, várias pessoas que já trabalharam na empresa foram lá pedir a mesma coisa, então não tinha nem como eu falar que o meu documento era pra outra coisa qualquer porque ia ficar na cara que era mentira.

No dia seguinte meu chefe tosco (igualzinho ao dr. Pimpolho) me liga:

- Ô Sem Conserto, o pessoal do RH veio aqui e falou que você pediu uma declaração das suas atividades....
- Foi sim, eu pedi.
- E pra que você quer esse documento?
- Pra um concurso que eu to prestando.
- Ah... eu não sabia que você tava estudando pra concurso...
- É, eu estou.
- E você passou?
- Eu não sei... tá na fase das provas de títulos e experiência profissional... por enquanto eu tô em segundo lugar, não sei se vai mudar alguma coisa depois de contar os pontos dos títulos...
- Mas se você passar você vai?
- Vou. Preciso de estabilidade.
- Ah... tá bom... pode passar aqui pra pegar o documento.

Chefe tosco deixou transparecer na voz que não estava contente com a surpresa que teve em saber que eu estava fazendo outras coisas além de ser escrava na empresa dele.

Peguei meu documento, entreguei e depois de contados os pontos eu continuei em segundo lugar.
Chefe tosco não falou mais nada sobre isso.

Dois meses se passaram e o pessoal do concurso do Ministério da Fazenda me chamou para assumir a vaga lá de Brasília. Dai eu fui falar com o chefe tosco oficialmente:

- Olha, me chamaram num outro concurso que eu passei, e eu estou aqui para pedir demissão.
- Naquele que você pediu o documento?
- Não, em outro. Naquele eu fiquei em segundo lugar... não me chamaram ainda... vou pra Brasília.
- E você passou em dois???
- Na verdade eu passei em três, passei em primeiro lugar no concurso da companhia de águas aqui de Deus me Livre, mas resolvi não assumir... salário ruim...
- É mesmo????? (com cara de bunda)
- Pois é....
- Bom, boa sorte lá... se você fosse minha filha eu diria que você está fazendo a coisa certa, porque em empresa privada só o dono tem estabilidade (só pra explicar, o chefe tosco é tipo um afilhado do dono da empresa).... mas eu só fiquei chateado com você porque você não me avisou antes... eu sempre fui muito transparente (feito um leite) e não escondo as coisas....
- Eu estou avisando antes. Não vou embora amanhã não. Vou cumprir o aviso prévio de um mês.
- Eu sei, mas eu gostaria que você tivesse me avisado antes... ter conversado...
- Eu estou avisando antes. Vou cumprir um mês de aviso prévio... quando vocês demitem as pessoas vocês não dão o aviso prévio? Então, isso vale tanto para a empresa quanto para o empregado. Muito obrigada por tudo. Vou indo.

O mês de aviso prévio passou, fui pra Brasília e um dia um amigo me falou que o chefe tosco falou de mim em uma reunião que teve... Ele disse que Deus me Livre é muito pequena, e que ele fica sabendo de tudo o que acontece, que por exemplo, eu estava prestando concurso e ele descobriu. E que o veio gordo (dono da empresa) não ia gostar nada de saber que tem mais gente estudando pra concurso.

Agora veja você que cara de pau! Primeiro que quem disse pra ele que eu estava prestando concurso fui eu mesma, não foi ele que descobriu porque ele é muito esperto. Segundo, quer dizer que a pessoa é proibida de estudar fora do horário de trabalho? Porque foi fora do horário de trabalho que eu estudei, e agora ele fica assustando as pessoas pra elas não estudarem e serem cada vez mais dependentes do salário que ganham trabalhando lá. Terceiro, o mais engraçado foi que ele não gostou de entrar com a bunda quando eu entrei com o pé, né??? Pra demitir os funcionários ninguém avisa antes de dar o aviso prévio. Quando foi com ele, ele não gostou... acho muito interessante isso!

Foi um dia lindo! E ver aquela criatura tosca com cara de bunda não teve preço! CHUPA DR. PIMPOLHOOOOOOOOO!!!!!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

SOBRE O CASAMENTO

Dai que eu casei!!! \o/

Há quem não acredite, mas eu juro que é verdade!
Estávamos, eu e marido (noivorido na época), dentro de um taxi em Brasília/DF, em 03 de janeiro de 2014 (resolvemos passar férias por lá para ir conhecendo a cidade já que eu havia passado no concurso do Ministério da Fazenda e em breve seria moradora do DF), quando o telefone toca e eu atendo:

- Alô...
- Srta. Sem Conserto?
- Sim, sou eu...
- Aqui é o Fulano do cartório. Queria saber se podemos marcar seu casamento, tem vaga pro dia 29 de janeiro...
- Oi...? É..... Cartório...? Perai!!!

Naquele momento meu corpo foi tomado por um susto enorme e eu virei pro marido (noivorido na época), e falei:

- É o cara do cartório!!!! Vai casar mesmo????
- Lógico que vai! Marca ai!
- Tem certeza?????
- Tenho, menina!!! Marca logo!

Calma... já vou marcar!!!
Dai voltei pro telefone:

- Seu Fulano, pode marcar...
- Dia 29 mesmo?
- Não, marca pro dia 05 de fevereiro porque se não vai ficar muito em cima.
- Ok. Tá marcado. Bom dia.
- Bom dia...

Talvez você esteja ai se perguntando “Ué, porque o susto? Ela num foi lá no cartório pra dar entrada nos papéis? Ela não sonhava em casar como a maioria das mulheres?” e eu respondo “Não!”. Casar nunca foi uma das prioridades da minha vida. Ser engenheira era prioridade. Trabalhar com cálculo estrutural era prioridade. Ganhar dinheiro era prioridade. Mas casar vestida de merengue (uma amiga usou essa expressão e eu nunca mais esqueci) não era. Dai você se pergunta de novo “Ué, então porque foi dar entrada nos papéis pra casar?”, dai eu respondo “Porque eu queria. Mas coisa nova sempre assusta. Sempre dá um friozinho na barriga”.

Ui !!!
Bom, com a data marcada começaram os preparativos pra ajeitar o jantar de comemoração, que foi muito simples e pequeno, só 50 pessoas, porque decidimos não fazer festão e nem casar na igreja. A gente não queria gastar muita grana porque já estávamos pagando nosso apartamento e preferimos pagar menos juros de financiamento do que ter um álbum enorme de fotos comigo vestida de merengue e o marido de pinguim.
Foram três semanas e meia de preparativos, achar um buffet, comprar lembrancinhas, comprar um vestido que eu fosse usar muitas vezes depois, brigar com a amiga que queria porque queria que eu comprasse bolo de casamento e eu não queria (dai ela me deu de presente), achar passagem de avião pra mamãe vir de São Paulo pra Deus me Livre pra participar do casamento, convidar os amigos que eu sabia que não viriam porque o jantar seria numa sexta feira e né, todo mundo trabalha na sexta, reservar o salão do “cudumíniu” pra fazer o jantar... entre outras coisas.

Foi a pior época do meu relacionamento com o marido. A gente brigava por conta de tudo. E a pior parte foi a lista de convidados. Hoje eu entendo qual é a função da festa de casamento... se você conseguir planejar tudo sem matar o seu noivo ou sem desistir de casar, realmente é amor e você viverá feliz para sempre.

Graças à Deus (e às minhas sessões de terapia) deu tudo certo, casamos, jantamos, todo mundo foi embora e eu virei a Sra. Sem Conserto DM. Com direito a nome do marido e tudo mais. <3 p="">

Duas amigas de São Paulo vieram para o casamento. Uma delas perguntou pra outra “nossa, você chegou aqui às 13:00 e já vai embora meia noite? Um supre bate-volta! Você gosta mesmo da Sem Conserto, né?”, dai a outra responde “Eu eu gosto sim... mas eu vim mesmo pra ver se era verdade!!!”.

Não há nada nessa vida como ter amigos que te conhecem de verdade!!!! Hehehehe!!! Valeu por ter vindo conferir, Ká!!! 

No cartório! Pra provar que é verdade!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

VOLTANDO...


Dai que hoje eu estava conversando com a Luana e com a Garrafinha no Gtalk e de repente começamos a falar de músicas velhas, porque a Luana disse que acordou com a música “pega no bumbum, pega no compasso...” na cabeça (sabe-se lá o porquê da pessoa acordar com isso na cabeça... acho que deve ser algum tipo de castigo... sabe quando você apanha e a mãe fala “eu não sei porque eu tô batendo mas você sabe porque está apanhando!”... então, eu acho que ela deve saber o porquê disso tudo, mas isso teremos que ver lá no blog dela pra ver se descobrimos alguma coisa).

Luana, essa imagem é pra você! Já que você tava afim de pegar no compasso...
Começamos a lembrar das músicas ruins da época em que éramos crianças e a ideia era tentar descobrir em que momento da vida as pessoas começaram a ouvir música bosta. Então lembramos do Beto Barbosa (Adocica, meu amor! Adocica! Adocica, meu amor, a minha vida ôôô...), essa merda passava no programa da Xuxa, logo a culpa de tudo isso é dela.

"Adocica meu amorrrrr..."
Quando fui colocar “Adocica” no youtube pra fazer aquele remember, apareceu como sugestão “Olhar 43” do RPM (não sei porque cargas d’água apareceu RPM junto com Beto Barbosa, deve ter sido obra divina), então eu não aguentei e cliquei la:

“Seu corpo é fruto proibido
É a chave de todo pecado
E da libido, e pra um garoto introvertido
Como eu, é a pura perdição...”

olhar 43 mil....
Gente, o que aconteceu com as músicas boas? Porque diabos as pessoas estão gostando de ouvir Pablo cantando “sofrências”? Porque as pessoas estão gostando de ouvir Wesley Safadão? A ideia é se envolver com um/a safadão/dona e depois de levar “umas galhas” escutar Pablo e ficar na sofrência? É isso que tá na moda agora? Ser corno? Ser safadão? O que? Eu juro que não sei mais...


Bom, voltando... depois do momento musical retrô eu resolvi dar uma espiada no meu blog pra relembrar o que foi que eu escrevi da última vez. Pra minha surpresa já se passaram 7 meses desde a minha última postagem. Como o tempo passa... e o que achei mais engraçado foi que em 2014 eu fiz apenas 4 textos, sendo que foi o ano mais agitado dos últimos tempos.

Por isso resolvi (tentar) voltar a escrever para ter o registro dos acontecimentos... de vez em quando eu relia meus posts e era legal relembrar as coisas que já se passaram há tanto tempo.

Então, acho que estou de volta!