domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre encontro aos 31

Pois é, tem um zilhão de anos (dois meses) que eu não escrevo aqui. Não que eu esteja sem assunto ou com falta de vontade, é que eu não consigo mais achar tempo pra fazer as coisas mesmo, porque eu peguei bico pra fazer a noite e agora eu to sem viver até terminar o que eu me comprometi a fazer.
Mas deixa isso pra lá, porque agora eu estou aqui, na casa da mamãe, com um cheiro de feijão fresco no ar, que só a MINHA mãe sabe fazer (jamais acharei outro igual. Quando ela morrer eu to ferrada... se bem que eu vou estar ferrada não só por isso...) e arrumei um tempinho mínimo pra escrever.
Dai que ontem encontrei as amigas. Todo mundo com 31, uma beleza. Aliás, quase todo mundo. Uma das amigas já está com 32 mas como ela sempre vai ter 13 anos não faz diferença (e é por isso que eu adoro ela).
Frio! Nossa como fez frio esses dias que eu passei aqui. Só pra explicar, eu cheguei na terça pra participar de um congresso e hoje (domingo) estou zarpando no final da noite para aquele lugar lindo que não tem frio e não tem trânsito.
Voltando... Noite de sábado, frio, mulheres de 31 (e mais uma de 32) reunidas no QG oficial (casa da Renata), onde sempreeee que eu vou tem maionese que ela faz pra mim. Assunto: Casamento e filhos.
Já sei! Você ai com essa sua cabecinha maldosa já tá imaginando um monte de solteironas desesperadas e cheias de gatos dormingo em cima do sofá e plantas espalhadas pela casa. Sonhando em um dia casar e ter uma resma (é, resma mesmo) de filhos. Mas já vou dizendo que não é isso! Apesar de a casa da Renata estar quase parecendo uma selva de tanta planta que tem na varanda e apesar de euzinha possuir duas cachorrinhas (gatos jamais) em casa - aos cuidades de mamãe - não era isso que estava acontecendo.
Mulheres falando da falta de paciência com cuecas voando pela sala, crianças que sujam paredes brancas e orgãos genitais femininos dilacerados pela selvageria de um parto normal (essa era a minha parte!). A certeza de uma das amigas em NÃO ter filhos jamais porque ela não quer ficar sem a vida dela (e eu que pensava que as pessoas me achavam um monstro quando eu dizia "não estou pronta para deixar de ser a pessoa mais importante da minha vida").
A única que ainda falava que precisava casar e ter filhos era a de 32, mas que continua não fazendo nada para mudar a situação de solteirice dela (e pensando bem, considerando os lugares onde ela anda, é até melhor que ela não encontre ninguém mesmo...antes só!)
A outra falava em ir pra balada, mas num passado não muito distante ela falava que havia sido criada para casar e ter filhos, aos prantos.
Me pergunto como será nossos encontros quando estivermos com 35. Assunto: Casamento e Filhos.
E talvez as paredes da Renata já não estejam tão brancas, mas sim com desenhos coloridos feitos em giz de cera e as plantas todas quebradas na varanda já quase sem vida, cuecas secando atrás de geladeira e algumas escondidas entre as almofadas do sofá; e talvez a Andréa tenha ficado grávida de gêmeos sem querer e então já não se lembrará de que um dia ela teve total domínio e controle sobre a sua própria vida e seu juízo; e talvez eu esteja guardando dinheiro para fazer uma plástica nas minhas partes íntimas depois de ter parido o quarto filho (seguindo a quantidade estabelicida pelo namorado); e talvez a Carla esteja se lamentando porque ficou indo pra balada sertaneja e que não arrumou ninguém para cumprir a existência da vida dela na terra... e quanto à Sabrina, aposto que ela ainda vai estar falando "Nossa, preciso casar e ter filhos.... (pausa olhando pro nada)... Meu!!! Sábado eu fui num samba lá na praça Roosevelt, muito bom!!!!"


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ah, fala vai...