sábado, 20 de fevereiro de 2016

SOBRE ENGRAVIDAR

Dai que PAHH! Eu engravidei!


Mas antes que você pense "Eita, engravidou!" Como quem quer dizer "Afff, com tanta informação que tem hoje em dia e essas meninas ainda engravidam! Ela vai ver, ela que vai sofrer, porue é a mulher que aguenta, homem não tá nem ai!", já vou explicar:

1) Não sou menina... já estou com meus 35 e meio;

2) Foi tudo milimetricamente planejado;

3) É, ai você tem razão, sobra quase tudo pra mulher mesmo!

Então vamos aos fatos (senta que lá vem a história...):
Era um lindo outubro, uma bela noite em que eu e o marido estávamos de bom humor e felizes da vida, com nosso apartamento comprado, com nosso carro quitado, nós dois com nossos empregos públicos... Foi então que olhei pra ele e falei "vai?" e ele respondeu "vai!".

Pronto! Engravidei! Assim de primeira!

Nós já tínhamos conversado antes, lógico, muitas vezes. Eu queria esperar o máximo possível para engravida porque sabia que minha vida não seria mais minha e eu tinha muita falta de disposição de deixar de ser a pessoa mais importante da minha vida.

Mas... a idade foi andando, aliás, correndo! E quando dei por mim já estava com 34. E eu sabia que precisava engravidar no máximo aos 35 porque depois disso as chances de ter uma gravidez de risco aumentaria. Pelo menos é isso que a gente escuta e lê por ai.

Nunca engravidei sem querer. Nunca! Já abusei da sorte, confesso! Mas ainda bem que ela nunca me abandonou.

Meus pais são separados e eu sempre soube que minha mãe se ralou a vida inteira para me criar, portanto, se um dia eu fosse engravidar teria que ser sob certas condições:

1º - Ter passado num concurso público (porque eu sei bem o que é depender de patrão e nunca fui afim de ficar me phodendo a vida toda dependendo dos outros);

2º - Ser casada. Porque eu queria ter certeza que o casamento não seria só por causa de uma gravidez;

3º - Ter minha casa. Só pelo fato de não precisar me mudar correndo caso o dono do imóvel alugado peça pra eu sair, e

4º - Ter aproveitado o máximo possível minha vida independente.

Daí que com tudo no esquema, engravidei.

Então, depois de duas semanas do dia do "vai", fui ao Obstetra e ele fez um ultrassom: "É, que você está grávida, está! Mas volte daqui duas semanas porque está muito no comecinho".O primeiro pensamento que veio na cabeça foi "Nossa! tem uma criança dentro de mim!" e um gelo na barriga.

Sai dali e mandei uma mensagem para a pessoa responsável por aquilo, minha psicóloga (valeu Ilka!). Era ela que me fazia não surtar e me ajudava a ir pra frente. Ir para a próxima fase da vida.

Uma semana depois, numa quinta feira, às 5h da manhã, senti uma pontada na barriga e comecei a sangrar.

Lá se ia o meu friozinho na barriga corpo a fora. Perdi o nenê.

O médico disse que isso era bem normal e que acontecia com aproximadamente 20% das mulheres.

Novembro, Dezembro, Janeiro... Fevereiro! Momento de tentar de novo e PAHH! Engravidei de novo.

Dessa vez resolvi esperar um pouco mais para dar a notícia para os amigos, porque é meio estranho você falar "Olha, to grávida" e depois de uma semana, quando alguém vem te dar parabéns, você ter que falar "É...perdi o nenê". Num é nem por nada, porque sinceramente, não deu tempo de cair a ficha, mas a cara que a pessoa faz quando percebe que deu um fora é muito constrangedora. E dai ao invés de você ser consolada, você precisa consolar a pessoa que acha que te magoou com os parabéns fora de hora.

E dai que deu tudo certo e hoje eu já estou com a baixinha no colo.

Ela foi a principal culpada por eu não escrever no blog esse tempo todo (e a culpada secundária foi minha preguiça), mas eu pretendo agora contar aqui como foi o período da gravidez, o parto e o 1º mês de vida dela.

E eu PRE-CI-SO fazer isso para poder lembrar, em detalhes, cada uma das agruras (que não foram poucas) para o caso de passar, nem que seja bem ao longe, na minha cabeça, a ideia de ter outro filho.

Um comentário:

  1. Eu não tenho filhos, mas tenho certeza absoluta que, se vc quiser ter outro filho, nenhuma memória da primeira gravidez vai te impedir, mesmo que você tenha tido desejos de comer cocô de cachorro e os tenha satisfeito...

    ResponderExcluir

Ah, fala vai...