domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre ir ao banheiro

Dai que ir ao banheiro deveria ser uma atividade simples e prazerosa. Porém nem sempre é assim. Aliás, quando a gente não está no banheiro da nossa casa, geralemente é um problema.
Estava eu na casa da amiga (na reuniãozinha do post anterior). Maionese rolando solta, pão de queijo, pão com queijo (é.. porque uma das amigas que estava na reunião é vegetariana e dai tinha que ter coisas comíveis para ela..... na verdade eu não achei frango pra comprar e dai levei pão de queijo e pão recheado com queijo... que era o que tinha na padaria naquele momento), suco, refri, rocambole de chocolate....
Lógico que uma hora a pessoa não aguenta e precisa liberar espaço interno. Eu me segurei mas como não ia dar tempo de chegar em casa, tive que apelar pro banheiro da amiga: "Rê, vou usar seu banheiro!".
Dai a pessoa vai caminhando e todo mundo que está em volta já sabe que você tá indo lá se aliviar (e se sou eu, já penso: "vai cagar no banheiro dos outros né!!!").... enfim, fui até o banheiro, fechei a porta e observei se a janela estava aberta para sair os gases ocasionais. Sentei. Humm!! Assento fofinho. Muito bom, porque sentar naqueles troços duros e gelados (porque tava muito frio) é uma coisa muito desprazerosa, acaba tirando a mágica de se aliviar da pressão interna.
Xixi saindo, tentando fazer o mínimo barulho possível. Não sei porque mas quando a pessoa está em um banheiro que não é o dela e quando tem gente por perto, o vaso parece que cria vida e se modifica para poder fazer eco quando o xixi se atraca com a água.
Pum! Peido! Gases! Resolvem começar uma rebelião no intestino da criatura e começam a sair anunciando o fim do mundo. Dá a impressão de que o vizinho do outro prédio está escutando. Parece que o roscófi faz um formato de megafone pra ninguém ficar sem saber que você está ali, naquela situação dificil tentando abafar um peidinho.
Bom, já que não ia ter jeito mesmo o melhor era relaxar pra acabar logo aquilo tudo e eu sair do banheiro como quem tivesse acabado de tomar um banho com lux, toda linda e refrescante (como se não estivesse cagando).
Trabalho concluido, vamos limpar a bagunça. Papel higienico fofinho ao lado do vaso. Cadê o cesto de lixo? Não sei o que acontece, não sei porque a droga do cesto de lixo não vem embutida ao lado do vaso sanitário. Estava eu ali, sentada na privada fofinha, com um chumaço de papel higienico fofinho e fedidinho na mão tentando me livrar dele e o lixo estava lá... lá do outro lado... e havia uma pia entre nós. E era aquele cestinho de lixo lindinho e prateado que tem um pedalzinho pra poder abrir sem botar a mão.
Agora, só se eu fosse a mulher elástico que eu ia conseguir chegar com a ponta do pé lá do outro lado pra abrir aquilo. Me estiquei toda, puxei o cestinho pra perto de mim e ai sim me livrei do papel fofinho. Pensei em reclamar com a dona da casa na hora mas achei mais justo eu vir reclamar aqui no blog. Da proxima vez eu jogo o papelzinho fofinho e fedidinho atrás do vaso.
Eu não tenho muita sorte com banheiro, outra dessa me aconteceu no shopping. E lá obviamente o ser humano não pode sentar a bunda no vaso imundo, então é preciso ficar se equilibrando pra não molhar a roupa com xixi enquanto está lá se aliviando. Acabei, sequei, olhei pro lixo. O maldito pedalzinho de novo. Dessa vez o cesto estava ao lado do vaso.... mas me fala, como é que eu piso no pedalzinho que está do meu lado, com as calças arriadas e apoiada com a outra mão na parede pra não cair sentada naquele nojo de assento mijado de outras?
Mais uma! Dessa vez no aeroporto. Cansada de ficar me espremendo nos banheiros normais, fui eu no banheiro de deficientes. Não adianta olhar torto porque banheiro de deficiente não é igual a vaga de estacionamento para deficiente, que fica lá ocupada por um tempão até que a pessoa venha e tire o carro e o pobre deficiente tendo que ir estacionar numa vaga a dois quilometros de distância da porta. É só um banheiro e o máximo que a pessoa fica lá dentro é um minutinho, o que não vai matar ninguém de esperar.
Ainda assim, olhei em volta, não tinha ninguém. Pulei pra dentro do banheiro. Tranquei. A tranca não tava lá aquelas coisas mas achei que dava pra segurar a porta. Larguei as malas num cantinho, porque banheiro de deficiente é enorme então dá pra permanecer eu e as malas no mesmo espaço, diferente dos outros banheiros.
Tava apertadona pra fazer xixi, me ajeitei, me posicionei, apoiei uma mão na parede de tras... xixiiiiiiiiiiii.... ótimo, tudo correndo como deveria até então. Papel próximo, cestinho sem o pedalzinho... de repente a porta se escancara! Uma véia, querendo usar o banheiro dos deficientes! E ela me olha... e eu olho pra ela, naquela posição de guerra. "Opa!" foi o que a véia disse, e fechou a porta. Nem desculpa a desgraçada pediu depois de me expor ao mundo com a piriquita de fora e o papel na mão.
Sai do banheiro e dei graças à Deus que o meu avião já estava com o embarque liberado. E sorte da véia que não vinha de Salvador pra Guarulhos porque se não eu tinha jogado ela pra fora do avião!

Véia sem vergonha que queria pegar lugar de deficiente! Ainda bem que eu tava lá pra não deixar ela fazer isso!!!

Sobre encontro aos 31

Pois é, tem um zilhão de anos (dois meses) que eu não escrevo aqui. Não que eu esteja sem assunto ou com falta de vontade, é que eu não consigo mais achar tempo pra fazer as coisas mesmo, porque eu peguei bico pra fazer a noite e agora eu to sem viver até terminar o que eu me comprometi a fazer.
Mas deixa isso pra lá, porque agora eu estou aqui, na casa da mamãe, com um cheiro de feijão fresco no ar, que só a MINHA mãe sabe fazer (jamais acharei outro igual. Quando ela morrer eu to ferrada... se bem que eu vou estar ferrada não só por isso...) e arrumei um tempinho mínimo pra escrever.
Dai que ontem encontrei as amigas. Todo mundo com 31, uma beleza. Aliás, quase todo mundo. Uma das amigas já está com 32 mas como ela sempre vai ter 13 anos não faz diferença (e é por isso que eu adoro ela).
Frio! Nossa como fez frio esses dias que eu passei aqui. Só pra explicar, eu cheguei na terça pra participar de um congresso e hoje (domingo) estou zarpando no final da noite para aquele lugar lindo que não tem frio e não tem trânsito.
Voltando... Noite de sábado, frio, mulheres de 31 (e mais uma de 32) reunidas no QG oficial (casa da Renata), onde sempreeee que eu vou tem maionese que ela faz pra mim. Assunto: Casamento e filhos.
Já sei! Você ai com essa sua cabecinha maldosa já tá imaginando um monte de solteironas desesperadas e cheias de gatos dormingo em cima do sofá e plantas espalhadas pela casa. Sonhando em um dia casar e ter uma resma (é, resma mesmo) de filhos. Mas já vou dizendo que não é isso! Apesar de a casa da Renata estar quase parecendo uma selva de tanta planta que tem na varanda e apesar de euzinha possuir duas cachorrinhas (gatos jamais) em casa - aos cuidades de mamãe - não era isso que estava acontecendo.
Mulheres falando da falta de paciência com cuecas voando pela sala, crianças que sujam paredes brancas e orgãos genitais femininos dilacerados pela selvageria de um parto normal (essa era a minha parte!). A certeza de uma das amigas em NÃO ter filhos jamais porque ela não quer ficar sem a vida dela (e eu que pensava que as pessoas me achavam um monstro quando eu dizia "não estou pronta para deixar de ser a pessoa mais importante da minha vida").
A única que ainda falava que precisava casar e ter filhos era a de 32, mas que continua não fazendo nada para mudar a situação de solteirice dela (e pensando bem, considerando os lugares onde ela anda, é até melhor que ela não encontre ninguém mesmo...antes só!)
A outra falava em ir pra balada, mas num passado não muito distante ela falava que havia sido criada para casar e ter filhos, aos prantos.
Me pergunto como será nossos encontros quando estivermos com 35. Assunto: Casamento e Filhos.
E talvez as paredes da Renata já não estejam tão brancas, mas sim com desenhos coloridos feitos em giz de cera e as plantas todas quebradas na varanda já quase sem vida, cuecas secando atrás de geladeira e algumas escondidas entre as almofadas do sofá; e talvez a Andréa tenha ficado grávida de gêmeos sem querer e então já não se lembrará de que um dia ela teve total domínio e controle sobre a sua própria vida e seu juízo; e talvez eu esteja guardando dinheiro para fazer uma plástica nas minhas partes íntimas depois de ter parido o quarto filho (seguindo a quantidade estabelicida pelo namorado); e talvez a Carla esteja se lamentando porque ficou indo pra balada sertaneja e que não arrumou ninguém para cumprir a existência da vida dela na terra... e quanto à Sabrina, aposto que ela ainda vai estar falando "Nossa, preciso casar e ter filhos.... (pausa olhando pro nada)... Meu!!! Sábado eu fui num samba lá na praça Roosevelt, muito bom!!!!"